Londres – Ao completar 99 anos, o lendário naturalista e documentarista inglês David Attenborough retornou às telas com uma poderosa produção: “Ocean with David Attenborough”, seu mais novo filme dedicado aos mistérios, belezas e desafios dos oceanos.
Conhecido por sua paixão incansável pela vida selvagem, Attenborough embarca agora em uma jornada cinematográfica que combina informação científica, imagens arrebatadoras e uma mensagem de esperança.
O novo filme de Attenborough sobre os oceanos se destaca pela cinematografia de alta qualidade e pela profundidade do conteúdo.
Com sua voz inconfundível, o documentarista conduz os espectadores por ambientes marinhos exuberantes — dos recifes de corais vibrantes às florestas de algas e às profundezas do mar aberto.
Estreia internacional e marco histórico no Dia Mundial dos Oceanos
“Ocean with David Attenborough” entrou em cartaz nos cinemas britânicos em 8 de maio.
Sua estreia global está marcada para 7 de junho, quando será lançado nas plataformas Disney+ e National Geographic, aproveitando o Dia Mundial dos Oceanos — uma data emblemática que reforça o compromisso da obra com a conservação marinha.
A coprodução da Silverback Films com a Open Planet Studios é muito mais que um registro visual: é um chamado urgente à reflexão.
O filme revela como a ação humana está comprometendo o equilíbrio marinho, expondo práticas como a pesca destrutiva e o impacto devastador do branqueamento dos corais.
Entre o alerta e a esperança: a “maior mensagem” de Attenborough
Apesar da gravidade dos temas abordados, a narrativa central é de esperança. David Attenborough deixa claro: “o oceano está em mau estado de saúde, mas este filme mostra como ele pode ser restaurado”.
Ele acredita que a regeneração é possível — e que ela pode superar até mesmo as condições anteriores conhecidas pela humanidade.
Essa visão positiva é descrita por ele como sua “maior mensagem” ao mundo, especialmente em um momento tão simbólico: o início do seu centésimo ano de vida.
O legado de Attenborough e sua relação com o público brasileiro
David Attenborough é um nome amplamente reconhecido e respeitado, não apenas no Reino Unido, mas também no Brasil.
Diversas de suas séries documentais, como Planeta Terra, A Vida na Terra e Planeta Azul, foram transmitidas no país, alcançando altos índices de audiência e inspirando gerações.
Ele nasceu em 8 de maio de 1926, em Londres. Desde criança, demonstrou um grande fascínio pela natureza, colecionando fósseis e pedras e explorando a vida natural ao seu redor.
Aos sete anos, recebeu incentivo de uma arqueóloga que admirou sua coleção, reforçando sua paixão pela ciência e exploração. Formou-se em Ciências Naturais pela Universidade de Cambridge e, em 1952, ingressou na BBC, onde iniciou sua carreira como apresentador e produtor de documentários.
Aos 99 anos, ele se mantém como uma das vozes mais lúcidas e influentes da causa ambiental.
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Uma jornada pessoal pela “era da descoberta oceânica”
Durante o documentário, Attenborough compartilha um relato emocionante: sua própria vida coincidiu com a “grande era da descoberta oceânica”, época marcada pela revelação de novas espécies, ecossistemas e migrações marinhas até então desconhecidas.
Essa conexão pessoal com a evolução da ciência marinha torna o filme ainda mais potente, conferindo autenticidade e profundidade à narrativa.
Um oceano saudável é a chave para a estabilidade global
Mais do que exaltar a beleza do oceano, o novo filme de Attenborough ressalta seu papel essencial na manutenção da vida na Terra.
A saúde dos mares está diretamente ligada à estabilidade climática, à economia global, à produção de oxigênio e à segurança alimentar.
Por isso, “Ocean with David Attenborough” é também um apelo à ação coletiva.
O documentário mostra que quase todos os países do mundo já se comprometeram, no papel, a proteger pelo menos um terço dos oceanos.
O desafio, segundo Attenborough, está em transformar esses compromissos em políticas e ações concretas.
Um chamado ao “momento de mudança”
Durante o lançamento do documentário, David Attenborough afirmou ver este momento como um “potencial ponto de virada”.
“Não há lugar mais vital para a nossa sobrevivência, mais cheio de vida, maravilha ou surpresa do que o oceano”, resume o documentarista.
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