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Futuro do TikTok

TikTok nos EUA: Trump assina ordem executiva, diz que Xi deu sinal verde para venda e fundo árabe entra no negócio

Governo americano autorizou a criação da empresa que vai comandar o aplicativo, avaliado em US$ 14 bilhões

Donald Trump ao lado de smartphone com tela do TikTok e bandeira da china ao fundo


A novela da venda do TikTok nos EUA pode estar perto do fim, com a assinatura de uma ordem executiva pelo presidente Donald Trump autorizando a formação de uma empresa para substituir o controle da China, que teria menos de 20% de participação no negócio.

A assinatura da ordem executiva por Donald Trump e o relato de uma conversa positiva com o presidente da China, Xi Jinping, sinalizam que a longa novela sobre a venda do TikTok nos Estados Unidos pode estar chegando ao fim.

A ordem executiva assinada nesta quinta-feira (25) estabelece um prazo de 120 dias para a criação de uma nova empresa americana para comandar o aplicativo de vídeos curtos, com controle majoritário nas mãos de investidores dos EUA — conforme exige a lei aprovada pelo Congresso no ano passado.

O proprietário chinês do TikTok, a ByteDance, manterá uma participação de 19,9% no negócio, evitando assim que ele deixe de operar no país. O valor da empresa foi definido em US$ 14 bilhões.

Emirados Árabes Unidos no consórcio que controlará TikTok

Entre os nomes que surgiram como potenciais investidores quando o decreto foi assinado, uma surpresa chamou atenção: o fundo soberano MGX, dos Emirados Árabes Unidos.

Liderado por Sheikh Tahnoon bin Zayed, conselheiro de segurança nacional e membro da família real, o fundo está em negociações para adquirir cerca de 15% da nova empresa TikTok US e ocupar uma cadeira no conselho.

A entrada de uma potência estrangeira — ainda que aliada dos EUA — contrasta com o objetivo declarado da legislação americana e com o que o próprio Trump sempre defendeu: garantir que plataformas digitais com grande influência estejam sob controle nacional.

O fundo de Abu Dhabi já havia se distanciado da China em outras frentes, como ao remover equipamentos da Huawei de empresas ligadas a ele, o que pode ter facilitado sua aproximação com Washington, segundo analistas citados pela mídia americana.

A novela da venda do TikTok

O prazo inicial para a venda do TikTok ou encerramento de suas operações nos EUA era 19 de janeiro, mas ao tomar posse Donald Trump adiou a decisão, tentando salvar a plataforma que ajudou em sua reeleição.

O prazo veio sendo adiado várias vezes desde então, pois a dificuldade não parece ser encontrar investidores interessados, e sim negociar com o governo da China.

Nesta quinta-feira, durante uma coletiva com jornalistas na Casa Branca, Trump revelou que conversou diretamente com Xi Jinping antes de assinar a ordem executiva:

“Falei com o presidente Xi. Tivemos uma boa conversa. Eu disse a ele que estávamos avançando com o plano, e ele disse que estava tudo bem. Ele deu sinal verde.”

O presidente também destacou que o acordo foi estruturado para proteger os dados dos usuários americanos e garantir que o TikTok opere sob regras de transparência e segurança.

A venda do TikTok nos EUA: pesos-pesados da indústria tecnológica

Além do MGX, os nomes confirmados até agora incluem Oracle, que cuidará da segurança dos dados e da infraestrutura de nuvem, Silver Lake, e o empresário Michael Dell.

A chinesa ByteDance, atual dona do TikTok, ficará com menos de 20% da nova empresa e poderá indicar apenas um dos sete membros do conselho.

O nome de Rupert Murdoch, magnata da mídia e dono da Fox Corporation, foi mencionado por Trump como um dos investidores envolvidos, mas ainda não há confirmação oficial de sua participação — nem de seu filho, Lachlan Murdoch.

Foi outra surpresa no processo, já que os dois estavam em rota de colisão. Em julho, Trump abriu um processo contra o Wall Street Journal e contra o próprio dono da empresa que controla o jornal em reação a reportagens negativas sobre sua amizade com o pedófilo Jeffrey Epstein.

No entanto, na semana passada Trump mencionou os Murdoch como potenciais investidores no negócio, chamando-os de “grandes patriotas”.

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