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Boicote à Netflix

Por que Elon Musk quer cancelar a Netflix? Entenda o movimento contra série infantil com personagem trans

Bilionário se juntou a grupo que faz críticas à plataforma de streaming por levar conteúdo ‘transgênero woke’ a crianças

Elon Musk e personagens da série Dead End Paranormal Park da Netflix

Elon Musk tem uma filha trans e pede boicote da Netflix em movimento associado à série Dead End Paranormal Park.



Elon Musk aderiu à campanha de conservadores que querem incentivar pessoas a cancelar suas contas na Netflix. Movimento foi desencadeado por conta de série com temática LGBTQIAP+.


Elon Musk se uniu à uma campanha conservadora que está pedindo que as pessoas cancelem suas contas na Netflix. O alvo principal da campanha é a série “Dead End: Paranormal Park”, ou “Guardiões da Mansão do Terror”, em português.

O homem mais rico do mundo já fez ou compartilhou mais de 25 posts em sua conta no X, plataforma de sua propriedade, pedindo para que usuários deixem o serviço, o que ele disse já ter feito.

Em uma das postagens, Musk compartilhou uma imagem que retratava a Netflix como um cavalo de Tróia dentro do qual estava a “agenda transgênero woke”.

“Cancele a Netflix pela saúde dos seus filhos”, escreveu.

O que é a série da Netflix

A série Guardiões da Mansão do Terror retrata uma dupla de adolescentes e um cachorro falante enfrentando monstros em um parque de diversões assombrado. Eles também tentam salvar o mundo de um apocalipse paranormal.

A série teve duas temporadas e foi cancelada em 2023. À época, o criador lamentou o fim precoce, mas agradeceu à Netflix pela oportunidade de contar a história.

Mas o motivo de ter caído em desgraça com os conservadores e com Musk é a presença de um personagem trans.

Musk tem uma filha trans de 20 anos, Vivian Jenna Wilson, a quem não aceita. O empresário chegou a dizer em entrevistas que ela ‘estava morta’ para ele.

Como começou o boicote à Netflix

O movimento dos conservadores contra a plataforma de streaming começou quando Hamish Steele, criador da série, fez um comentário considerado ofensivo sobre a morte de Charlie Kirk, o ativista de extrema-direita que foi assassinado quando participava de um evento com estudantes universitários.

Na sua publicação, Steele criticava o primeiro-ministro do Reino Unido por lamentar a morte de Kirk e chamava o ativista de “nazista”.

A conta Libs of TikTok criticou o posicionamento do diretor e começou a liderar a campanha, afirmando que a Netflix está forçando a agenda trans nas crianças.

Outras publicações  da plataforma de streaming também foram usadas para reforçar a campanha pelo cancelamento. Uma delas foi um post da Netflix recomendando títulos para celebrar o Dia da Visibilidade Transexual.

No Brasil, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também aderiu à campanha. Ele afirmou que cancelou sua assinatura e tem incentivado apoiadores a fazer o mesmo.

Adesão de Elon Musk

Musk se juntou ao coro de conservadores contra a Netflix na terça-feira (30), quando compartilhou no X uma publicação de um usuário dizendo que havia cancelado sua assinatura.

“Eu também”, escreveu o dono da rede social.

No dia seguinte, Musk fez pela primeira vez uma postagem endossando de fato a campanha. Desta vez, ele compartilhou uma publicação do perfil Libs of TikTok e escreveu “cancelem a Netflix”.

No mesmo dia, compartilhou a imagem que retratava a Netflix como um cavalo de Tróia dentro do qual estava a “agenda transgênero woke”. “Cancele a Netflix pela saúde dos seus filhos”, escreveu.

Ao longo da quinta (2) e já nas primeiras horas de sexta-feira (3), o compartilhamento de tweets com críticas e acusações à plataforma de streaming ficou mais intenso.

Um deles comemorava o anúncio de que um deputado americano vai convocar executivos da Netflix para depor no Congresso.


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