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Inteligência artificial

Quem confia nas notícias do ChatGPT? Pesquisa mostra que nos EUA, a maioria não

Apesar do crescimento dos chatbots de IA, maioria dos americanos prefere se informar em outras fontes, diz pesquisa

Notebook com tela inicial do ChatGPT, onde o usuário deve inserir o 'prompt' para pedir respostas ao chatbot de IA

Foto: Frimufilms/Freepik



Em novo levantamento sobre hábitos de consumo de notícias e confiança nas informações online feito pelo Pew Research Center, apenas 10% dos americanos diz procurar notícias pelo ChatGPT ou outros chatbots de inteligência artificial.


Ainda que a quantidade de pessoas nos Estados Unidos que usam chatbots de inteligência artificial esteja crescendo, uma pesquisa do Pew Research Center apontou que a maioria dos americanos não procura notícias no ChatGPT ou correlatos.

De acordo com o levantamento, menos de 10% dos entrevistados buscam notícias no ChatGPT ou outros chatbots com frequência. Outros 16% disseram que usam esse meio de informação raramente e 75% disseram que nunca se informam assim.

Além disso, o “American Trends Panel”, que identificou os dados, indicou que menos de 1% das pessoas entrevistadas afirmaram preferir saber das notícias por meio do ChatGPT ou outros bots.

Para entender as opiniões do público americano, o Pew entrevistou 5.153 adultos dos EUA entre os dias 18 e 24 de agosto.

Idade e confiabilidade

A pesquisa é uma boa notícia para os meios de comunicação digitais, que estão perdendo tráfego depois que as IAs se tornaram mais populares e buscadores como o Google passaram a oferecer resumos feitos por IA no topo das buscas, dispensando o clique no link de um veículo.

Mas nem todos estão convencidos a mergulhar de vez nesse novo modelo.

Ainda segundo os resultados da pesquisa, adultos com menos de 50 anos tem maior probabilidade de procurar notícias em chatbots pelo menos de vez em quando.

A chance é de 12% entre os com menos de 50 anos, frente a 6% entre os mais velhos. O instituto, porém, ressalta que a diferença é muito maior em relação ao uso de IA de forma geral (41% contra 25%).

Desinformação nas notícias via ChatGPT

De acordo com o levantamento, os americanos que recebem notícias de chatbots de IA têm experiências mistas com as notícias que recebem lá – particularmente quando se trata de percepções de sua qualidade.

Um terço das pessoas que usam IA para ver notícias acha difícil identificar se as informações são falsas, enquanto 24% acha fácil.

Metade dos adultos que recebem notícias de chatbots de IA dizem que pelo menos às vezes se deparam nesses ambientes com notícias que acham imprecisas, sendo que 16% que dizem que veem isso com muita frequência ou frequência.

Apenas  22% dizem que raramente ou nunca veem notícias imprecisas nos chatbots, enquanto 29% não têm certeza.

A percepção de imprecisão das notícias é maior entre os mais jovens – 59% entre os adultos de 18 a 29 anos e 51% de 30 até 49 anos. De 50 a 64 anos, esta percepção cai para 43% e para 36% entre os maiores de 65.

Diferente do que aconteceu com a idade, a pesquisa não encontrou diferenças significativas na percepção de imprecisão quando são feitos recortes de nível de escolaridade ou posicionamento político.


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