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11/9 disparou patriotismo e medo nos EUA; hoje Covid-19 e saúde preocupam mais do que terrorismo, mostra pesquisa

Memorial em Nova York (foto: Frank Nurnberger/Pixabay)

Londres – Nos dias que antecederam o aniversário de 20 anos do ataque às Torres Gêmeas, em Nova York, uma pergunta recorrente a entrevistados na mídia era se lembravam onde estavam no momento em que dois aviões se chocaram com prédios que simbolizavam o poder do capitalismo ocidental. 

Poucos são os que não lembram, porque poucos são os que não tenham sido sido de alguma forma afetados pelos acontecimentos que deixaram 3 mil mortos (incluindo os que perderam a vida nos outros atentados realizados no mesmo dia) e transformações profundas na sociedade e na geopolítica.

Duas décadas depois da tragédia que matou menos do que algumas catástrofes naturais, mas que é carregada de simbolismo, o Pew Research Center, uma das principais instituições de pesquisa dos Estados Unidos, fez uma retrospectiva de sondagens de opinião pública da época e comparou com estudos atuais para traçar um quadro mostrando o que os americanos sentiram e os efeitos do episódio sobre comportamentos e percepções. 

O trabalho revelou como uma nação fortemente abalada se uniu, ainda que brevemente, em um espírito de tristeza e patriotismo; como o público inicialmente apoiou as guerras no Afeganistão e no Iraque, embora o apoio tenha diminuído com o tempo; e como os americanos viram a ameaça do terrorismo em casa e as medidas que o governo tomou para combatê-lo.

Uma das constatações é um número cada vez maior de americanos não tem memória pessoal daquele dia, seja porque eram muito jovens ou ainda não haviam nascido. E as preocupações coletivas mudaram. 

Em 2016, 53% dos americanos disseram  que o terrorismo era um problema nacional muito grande no país. Isso caiu para cerca de quatro em cada dez de 2017 a 2019. No ano passado, apenas um quarto dos americanos disse que o terrorismo era um problema muito grande. Covid-19, acesso a serviços de saúde e situação econômica passaram a dominar a agenda. 

Por coincidência, o vigésimo aniversário coincide com a traumática saída das tropas americanas do Afeganistão, um conflito iniciado justamente após os ataques às Torres Gêmeas para proteger o país e o mundo da ameaça terrorista.

E que para muitos, segundo o Pew,  não justificou a perda de mais de 2.000 militares americanos – e trilhões de dólares em gastos militares empregados na ocupação do Afeganistão, que agora voltou ao controle do Talibã, vivendo uma nova era de repressão. 


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Choque, tristeza, medo e raiva 

O Pew Center afirma que os sentimentos mais associados àquele momento foram choque, tristeza, medo e raiva. E por mais horríveis que tenham sido os acontecimentos de 11 de setembro,  63% dos americanos disseram que não conseguiam parar de assistir à cobertura jornalística dos ataques.

A primeira pesquisa do instituto foi feita poucos dias após os ataques, entre 13 a 17 de setembro de 2001. Uma grande maioria dos adultos (71%) disse que se sentia deprimida, quase metade (49%) tinha dificuldade de concentração e um terço disse que tinha problemas para dormir.

Foi uma época em que a televisão ainda era a fonte de notícias – 90% disseram que obtinham a maioria das notícias sobre os ataques pela televisão, em comparação com apenas 5% que recebiam notícias online – e as imagens de morte e destruição tiveram um impacto poderoso.

Cerca de nove em cada dez americanos (92%) concordaram com a declaração: “Fico triste quando assisto à cobertura da TV sobre os ataques terroristas”. Uma grande maioria (77%) também achou assustador assistir – mas a maioria o fez mesmo assim.

Os americanos também ficaram furiosos com os ataques. Três semanas após o 11 de setembro , mesmo quando o estresse psicológico começou a diminuir um pouco, 87% disseram ter ficado irritados com os ataques ao World Trade Center e ao Pentágono.

O medo foi generalizado, não apenas nos dias imediatamente após os ataques, mas durante todo o restante de 2001. A maioria dos americanos disse estar muito (28%) ou um pouco (45%) preocupada com outro ataque .

Medo do terrorismo 

Mesmo depois que o choque imediato de 11 de setembro diminuiu, as preocupações com o terrorismo permaneceram em níveis mais elevados nas grandes cidades – especialmente Nova York e Washington – do que nas pequenas cidades e áreas rurais.

O impacto pessoal dos ataques também foi sentido de forma mais aguda nas cidades diretamente atingidas: quase um ano após o 11 de setembro, cerca de seis em cada dez adultos nas áreas de Nova York (61%) e Washington (63%) disseram que os ataques mudaram suas vidas pelo menos um pouco, em comparação com 49% em todo o país.

Esse sentimento foi nacional, de acordo com o Pew Center. Um quarto das pessoas que viviam em grandes cidades em todo o país disseram que suas vidas mudaram de forma significativa – o dobro da taxa encontrada em cidades pequenas e áreas rurais.

Os impactos dos ataques de 11 de setembro foram profundamente sentidos e demoraram para se dissipar. No mês de agosto seguinte, metade dos adultos norte-americanos disse que o país “mudou muito”, número que aumentou para 61%, 10 anos após o evento .

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Para muitos, impacto foi maior do que casamentos ou mortes em família 

Um ano após os ataques, o Pew Center perguntou aos americanos qual o evento mais importante ocorrido no país no ano anterior, e a resposta era a esperada: 80%  citaram o 11 de setembro.

No entanto, uma parcela significativa dos entrevistados – 38% –  também apontou o atentado como a coisa mais importante que lhes aconteceu pessoalmente no ano anterior, superando acontecimentos como nascimentos ou mortes em família.

O  impacto pessoal foi muito maior em Nova York e Washington, onde 51% e 44%, respectivamente, apontaram os ataques como o evento pessoal mais significativo do ano anterior.

Assim como as memórias do 11 de setembro estão arraigadas nas mentes da maioria dos americanos com idade para relembrar os ataques, sua importância histórica ultrapassa de longe outros acontecimentos como a eleição de Barkack Obama, a revolução tecnológica, o assassinato do presidente John Kennedy  e a guerra do Vietnã.

A importância do 11 de setembro transcendeu diferenças de idade, gênero, geográficas e até políticas. Um estudo feito pelo Pew em conjunto com a A+E Networks em 2016 revelou que  observou que, embora os partidários concordassem em pouco mais naquele ciclo eleitoral, mais de sete em cada dez republicanos e democratas apontaram os ataques como um de seus 10 principais eventos históricos.

Patriotismo aumentou 

Embora os americanos tenham revelado um sentimento de angústia imediatamente após 11 de setembro, os meses que se seguiram também foram marcados por um raro espírito de unidade pública e de patriotismo. 

Depois que os Estados Unidos e seus aliados lançaram ataques aéreos contra as forças do Taleban e da Al Qaeda, no início de outubro de 2001, as pesquisas do Pew Center revelaram que 79% dos adultos disseram ter exibido uma bandeira americana. Um ano depois, uma maioria de 62% disse que muitas vezes se sentiu patriótica como resultado dos ataques de 11 de setembro.

Além disso, o público deixou de lado as diferenças políticas e se reuniu em apoio às principais instituições do país, bem como à sua liderança política. Em outubro de 2001, 60% dos adultos expressavam confiança no governo federal – patamar não alcançado nas três décadas anteriores, nem nas duas décadas seguintes.

George W. Bush, que havia se tornado presidente nove meses antes, após uma eleição ferozmente contestada, viu sua aprovação do cargo aumentar 35 pontos percentuais no espaço de três semanas. No final de setembro de 2001, 86% dos adultos – incluindo quase todos os republicanos (96%) e uma grande maioria dos democratas (78%) – aprovavam a maneira como Bush conduzia seu trabalho como presidente.

Apego à religião e apoio à imprensa

O Pew Center afirma que os americanos também se voltaram para a religião e para fé. Nos dias e semanas após o 11 de setembro, a maioria dos americanos disse que orava com mais frequência, segundo as pesquisas feitas à época.

Em novembro de 2001, 78% disseram que a influência da religião na vida americana estava aumentando, mais do que o dobro dos que disseram isso oito meses antes, o nível mais alto em quatro décadas .

O sentimento favorável  do público aumentou até mesmo para algumas instituições que geralmente não são tão populares entre os americanos. Em novembro de 2001, a imprensa recebeu classificação recorde de aprovação.  Cerca de sete em cada dez adultos (69%) disseram que a mídia “defendia a América”, enquanto 60% disseram que protegia a democracia.


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Furacão Katrina deteriorou percepções positivas

Mas não há mal que sempre dure, nem bem que não acabe. A confiança do público no governo, assim como a confiança em outras instituições, diminuiu ao longo dos anos 2000.

Em 2005, após outra grande tragédia nacional – a má gestão do governo americano no esforço de socorro às vítimas do furacão Katrina – apenas 31% disseram confiar no governo federal, metade da taxa registrada após o 11 de setembro.

A confiança permaneceu relativamente baixa nas últimas duas décadas: em abril deste ano, apenas 24% disseram confiar no governo quase sempre ou na maior parte do tempo.

Os índices de aprovação do então presidente George Bush nunca mais alcançaram o patamar que alcançaram logo após o 11 de setembro. Ao final da presidência, em dezembro de 2008, apenas 24% aprovavam seu desempenho no cargo.

Apoio massivo à invasão do Afeganistão 

Com os EUA agora formalmente fora do Afeganistão – e com o Taleban firmemente no controle do país – a maioria dos americanos (69%) diz agora que os EUA falharam em alcançar seus objetivos no Afeganistão.

Mas há 20 anos, nos dias e semanas após o 11 de setembro, a populaçnão do país apoiou de forma esmagadora a ação militar contra os responsáveis ​​pelos ataques, ainda que à custa de morte de americanos. 

Em meados de setembro de 2001, 77% eram a favor da ação militar dos EUA, incluindo o envio de forças terrestres, “para retaliar os responsávelis pelos ataques terroristas, mesmo que isso signifique que as forças armadas dos EUA possam sofrer milhares de baixas”.

Muitos americanos estavam impacientes para que o governo Bush autorizasse uma ação militar. Em uma pesquisa do final de setembro de 2001, quase metade do público (49%) disse que sua maior preocupação era que o governo Bush não atacaria com rapidez suficiente contra os terroristas.

Mesmo nos estágios iniciais da resposta militar dos EUA, poucos adultos esperavam que uma operação militar produzisse resultados rápidos: 69% disseram que levaria meses ou anos para desmantelar as redes terroristas, incluindo 38% que disseram que levaria anos e 31% que disseram levaria vários meses. Apenas 18% disseram que levaria dias ou semanas.

Ação militar no exterior era a opção preferida do público

Nos últimos meses de 2001, mais americanos disseram que a melhor maneira de prevenir o terrorismo futuro era tomar uma ação militar no exterior, em vez de construir defesas em casa.

No início de outubro de 2001, 45% priorizaram a ação militar para destruir redes terroristas em todo o mundo, enquanto 36% disseram que a prioridade deveria ser construir defesas contra o terrorismo em casa.

Inicialmente, o público estava confiante de que o esforço militar dos EUA para destruir redes terroristas teria sucesso. Uma grande maioria (76%) estava confiante no sucesso desta missão, com 39% dizendo que estavam muito confiantes.

O apoio à guerra no Afeganistão continuou em alto nível por vários anos. Em uma pesquisa realizada no início de 2002, poucos meses após o início da guerra, 83% dos americanos disseram aprovar a campanha militar liderada pelos EUA contra o Taleban e a Al Qaeda no Afeganistão.


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Em 2006, vários anos depois que os Estados Unidos começaram as operações de combate no Afeganistão, 69% dos adultos disseram que os EUA tomaram a decisão certa ao usar força militar no Afeganistão. Apenas dois em cada dez disseram que foi a decisão errada.

O apoio público à retirada das tropas dos EUA do Afeganistão aumentou depois que Osama bin Laden foi morto em 2011. Mas à medida que o conflito se arrastava, primeiro durante a presidência de Bush e, em seguida, durante a administração de Barack Obama, o apoio vacilou e uma parcela cada vez maior de americanos favoreceu a retirada das forças americanas do Afeganistão.

Em junho de 2009, durante o primeiro ano de Obama no cargo, 38% dos americanos disseram que as tropas americanas deveriam ser retiradas do Afeganistão o mais rápido possível. A parcela a favor de uma retirada rápida das tropas aumentou nos anos seguintes. 

A morte de Bin Laden: mais alivio do que júbilo

Segundo o Pew Center, público americano reagiu à morte de Bin Laden mais com alívio do que com júbilo. E parecia dar o caso por encerrado. 

Um mês depois, pela primeira vez , a maioria dos americanos (56%) disse que as forças dos EUA deveriam ser trazidas para casa o mais rápido possível, enquanto 39% ainda apoiavam que forças dos EUA continuassem no país até que a situação se estabilizasse.

Na década seguinte, as forças dos EUA no Afeganistão foram gradualmente reduzidas sob as administrações de três presidentes – Obama, Donald Trump e Joe Biden. Enquanto isso, o apoio público à decisão de usar a força no Afeganistão, que havia sido generalizado no início do conflito, diminuiu .

Hoje, após a saída tumultuada das tropas dos EUA do Afeganistão, uma pequena maioria dos adultos (54%) diz que a decisão de retirar as tropas do país foi a decisão certa; 42% dizem que foi a decisão errada.

Houve uma trajetória semelhante nas atitudes públicas em relação a um conflito muito mais amplo que fez parte do que Bush chamou de “guerra ao terror”: a guerra dos Estados Unidos no Iraque. Durante todo o contencioso debate que durou um ano antes da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, os americanos apoiaram amplamente o uso da força militar para acabar com o regime de Saddam Hussein no Iraque.

O Pew observa que a maioria dos americanos pensava – erroneamente, como se descobriu – que havia uma conexão direta entre Saddam Hussein e os ataques de 11 de setembro. Em outubro de 2002, 66% disseram que Saddam ajudou os terroristas envolvidos nos ataques de 11 de setembro ao World Trade Center e ao Pentágono.

Em abril de 2003, durante o primeiro mês da Guerra do Iraque, 71% disseram que os EUA tomaram a decisão certa de ir à guerra no Iraque. No 15º aniversário da guerra em 2018, apenas 43% disseram que foi a decisão certa. Como no caso do envolvimento dos EUA no Afeganistão, mais americanos disseram que os EUA falharam (53%) do que tiveram sucesso (39%) em atingir seus objetivos no Iraque.


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O ‘novo normal’: a ameaça do terrorismo após o 11 de setembro

Não houve ataques terroristas como o 11 de setembro em duas décadas, mas pela perspectiva do público, a ameaça nunca foi totalmente embora. 

Em janeiro de 2002, poucos meses após os ataques de 2001, 83% dos americanos disseram que “defender o país de futuros ataques terroristas” era uma das principais prioridades do presidente e do Congresso, a mais alta em qualquer assunto. Desde então, uma grande maioria continua a citar isso como uma das principais prioridades políticas.

A maioria de republicanos e democratas classificou sistematicamente o terrorismo como prioridade máxima nas últimas duas décadas, com algumas exceções. Os republicanos e os independentes com tendências republicanas continuam mais propensos do que os democratas e os democratas a dizer que defender o país de futuros ataques deve ser uma prioridade.


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Nos últimos anos, a lacuna partidária cresceu à medida que os democratas começaram a classificar a questão em uma posição inferior em relação a outras preocupações domésticas.

As preocupações do público sobre outro ataque também permaneceram bastante estáveis ​​nos anos após o 11 de setembro, em reação a diversos “alertas laranja” do governo federal.

Uma análise das preocupações do público com o terrorismo feita em 2010 revelou que a proporção de americanos que disseram estar muito preocupados com outro ataque variou de cerca de 15% a cerca de 25% desde 2002. 

Enfrentando a ameaça do terrorismo em casa e no exterior

Assim como os americanos endossaram amplamente o uso da força militar dos EUA como resposta aos ataques de 11 de setembro, eles estavam inicialmente abertos a uma variedade de outras medidas de longo alcance para combater o terrorismo no país e no exterior.

Nos dias que se seguiram ao ataque, por exemplo, a maioria foi favorável à  a exigência de que todos os cidadãos portassem carteiras de identidade nacionais, e que CIA conduzisse assassinatos no exterior ao perseguir suspeitos de terrorismo.

O gráfico mostra após o 11 de setembro, mais americanos viram a necessidade de sacrificar as liberdades civis para conter o terrorismo. No entanto, a maioria das pessoas foi contra permitir que o governo monitorasse seus próprios e-mails e telefonemas (77% se opuseram a isso).

E enquanto 29% apoiaram o estabelecimento de prisão para imigrantes legais de países hostis durante tempos de tensão ou crise – como aqueles em que milhares de cidadãos nipo-americanos foram confinados durante a Segunda Guerra Mundial – 57% se opuseram a tal medida.

Liberdades civis em jogo 

Estava claro que, da perspectiva do público, o equilíbrio entre proteger as liberdades civis e proteger o país do terrorismo havia mudado.

Em setembro de 2001 e janeiro de 2002, a maioria de 55% disse que, para conter o terrorismo nos Estados Unidos, era necessário que o cidadão comum abrisse mão de algumas liberdades civis. Em 1997, apenas 29% disseram que isso seria necessário, enquanto 62% disseram que não.

Durante a maior parte das duas últimas décadas, mais americanos disseram que sua maior preocupação era que o governo não tinha ido longe o suficiente para proteger o país do terrorismo do que disse que ia longe demais para restringir as liberdades civis.

O público também não descartou o uso de tortura para extrair informações de suspeitos de terrorismo.

Em uma pesquisa de 2015 com 40 países, os EUA foram um dos 12 onde a maioria do público disse que o uso da tortura contra terroristas poderia ser justificado para obter informações sobre um possível ataque.


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Medo do terrorismo caiu 

Nos últimos anos, a proporção de americanos que apontam o terrorismo como um grande problema nacional diminuiu drasticamente, à medida que questões como a economia, a pandemia de Covid-19  e o racismo surgiram como problemas mais urgentes aos olhos do público.

Em 2016, 53% dos americanos consideravam  o terrorismo um grande problema nacional. Em 2017 a taxa caiu para 40%, e em 2020 chegou a 25%. 

Este ano, antes da retirada das forças dos EUA do Afeganistão e da subsequente tomada do país pelo Taleban, uma parcela um pouco maior de adultos disse que o terrorismo doméstico era um problema nacional muito grande (35%) do que disse o mesmo sobre o terrorismo internacional .

Porém, outras preocupações emergiram como problemas maiores do que o terrorismo. As principais foram o acesso a serviços de saúde (56%) e o déficit orçamentário federal (49%).

Ainda assim,  o Pew acrecdita que os eventos recentes no Afeganistão aumentam a possibilidade de que a opinião esteja mudando, pelo menos no curto prazo.

Em uma pesquisa no final de agosto, 89% dos americanos disseram que a tomada do Afeganistão pelo Talibã era uma ameaça à segurança dos EUA, dos quais 46% consideraram üma grande ameaça”. 

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