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Kate conquista ‘trono’ de figura mais admirada da monarquia depois de Elizabeth II, diz nova pesquisa

Kate Middleton manteve confiança do público mesmo após controvérsia sobre comunicação da realeza

Kate Middleton em visita à Dinamarca em 2022 (divulgação The Royal Family via Twitter/X)

Londres – A popularidade da rainha Elizabeth foi mais uma vez confirmada por uma pesquisa entre os britânicos, desta vez do instituto Ipsos-Mori, que todo os anos faz uma enquete para acompanhar as opiniões do público sobre a monarquia. A surpresa da pesquisa é que Kate Middleton passou à frente do marido Wiliam e se tornou a segunda mais admirada.

Segundo o Ipsos-Mori, Elizabeth II é muito admirada por 45% da população, 11 pontos à frente da nora. 

William marcou 31% de aprovação. E seu pai, o príncipe Charles, confirmado como futuro rei da Inglaterra, é bem-visto por apenas 14% de seus futuros súditos, ocupando a 6ª posição na lista. 

Monarquia em questão 

O Ipsos-Mori entrevistou 2.057 britânicos entre 16 e 75 anos em fevereiro, em uma pesquisa que apontou também o crescimento do número de pessoas favoráveis ao fim da monarquia.

Houve um avanço de 7% percentuais em um ano. Agora, mais de 1 a cada cinco britânicos preferem não ter um rei ou rainha como chefe de Estado. 

Os resultados podem ser um sinal de modernidade, com mais gente questionando o motivo de o chefe de estado não ser eleito e sim um herdeiro de uma família, mas também refletir as crises que têm afetado a família real, com imbroglios envolvendo o príncipe Harry e sua mulher Meghan, o príncipe Andrew e o futuro rei. 

Kate, a rainha da popularidade na monarquia britânica 

Kate e William não sofrem desse mal. Eles só dão alegria à rainha Elizabeth, posando como família jovem modelo e sempre longe de escândalos. 

Mas o avanço de Kate é surpreendente. A Duquesa de Cambridge, que ultrapassou o marido William pela primeira vez na pesquisa do Ipsos-Mori. Ele tem 31% de aprovação. 

Qual membro da família real é o seu favorito?

Ela foi a que mais cresceu em admiração do público: ganhou 7% desde o ano passado. 

É surpreendente porque a tendência seria de que o terceiro na linha de sucessão ao trono, filho da idolatrada princesa Diana, que o mundo viu sofrer a perda da mãe (morta em um acidente de automóvel em 1998) fosse o preferido da população. 

Mas Kate tem grandes qualidades para uma pessoa pública: carisma e um talento natural para aparecer diante das câmeras em atividades comuns a qualquer pessoa, como jogar bola ou levar os filhos à escola. 

Uma de suas atividades recentes que receberam mais atenção da mídia e nas redes sociais foi a leitura de histórias infantis em um tradicional programa da BBC, fortalecendo sua imagem de mãe atenciosa com os filhos.

Outra foi uma visita à Dinamarca, onde priorizou compromissos em instituições de educação e bem-estar emocional infantil, exaustivamente postados nas redes sociais. 

Em janeiro, quando completou 40 anos, publicou nas redes sociais um ensaio fotográfico trajando vestidos de gala, um deles com pose de rainha clássica.

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Ao contrário de Kate Middleton, popularidade de Andrew despencou

O menos admirado da monarquia britânica não é surpresa para ninguém. Devastado pelo envolvimento em um escândalo internacional de abuso sexual de menores e tendo adotado seguidos passos errados para gerenciar a crise, ele tem a admiração de apenas 2% da população, segundo a pesquisa do Ipsos.

E pode ser pior, porque as entrevistas da pesquisa do Ipsos-Mori foram feitas antes de o acordo para colocar fim ao processo judicial a que ele responde por abuso sexual foi anunciado, trazendo para ele mais exposição negativa. 

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Harry contribuiu para riscos de monarquia britânica chegar ao fim? 

Enquanto os súditos continuam encantados com o casal modelo William e Kate Middleton, com três filhos lindos e um estilo família jovem normal,  a ousadia do príncipe Harry de romper com a família e se mandar para os Estados Unidos com a mulher, Meghan Markle, não foi perdoada pela população.

A admiração por ele  caiu pela metade desde o ano passado, com apenas 13% considerando o Duque de Sussex um de seus favoritos, uma queda de 12 pontos percentuais.

Meghan não caiu tanto: 8%. Mas a queda de Harry é importante pois ele é o irmão do futuro rei, e também tinha uma imagem simpática, de menino meio travesso mas ‘boa-gente’.

Esse desgaste ocorreu principalmente depois da entrevista dada pelo casal à apresentadora americana Oprah Winfrey, em que expuseram supostos ‘maus-tratos’ recebidos dos membros mais importantes da monarquia britânica, sem dizer exatamente quem eram. Uma das acusações foi de racismo. 

O problema é que isso acabou revertendo para eles próprios, como aponta a pesquisa do Ipsos-Mori. Mas muitos especialistas afirmam que desencadeou uma onda negativa mais intensa, que se reflete nas opiniões sobre se a monarquia britânica deve chegar ao fim depois da morte de Elizabeth II. 

Charles, que deve levar a monarquia britânica adiante, ficou em 6º 

Embora não tenha desafiado a monarquia, o príncipe Charles tem um legado negativo de imagem, por situações do casamento com a princesa Diana abordadas em seriados recentes, como The Crown.

E ele próprio tem vivido crises de imagem. Em 2021, teve que demitir seu principal executivo na fundação beneficente depois de um escândalo envolvendo troca de doações por comendas reais.

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Dessa forma, ele é admirado por apenas 13% dos britânicos, segundo o Ipsos-Mori, um ponto a mais do que o filho, e bem atrás da nora Kate Middleton.

Camilla, mulher de Charles, também ficou em patamar próximo ao de Meghan: ela tem 1 ponto a mais em aprovação (9%). 

O futuro rei e sua rainha consorte 

Em fevereiro, quando completou 70 anos no trono, a Rainha Elizabeth fez uma mensagem à nação que deu fim a especulações de que o príncipe Charles poderia ser ultrapassado por seu filho Charles na reta final da corrida para ocupar o trono. 

E pediu que Camilla fosse aceita como rainha consorte, um título que ela automaticamente terá se Charles for rei, mas que encontra resistências em parte da sociedade que a vê como causadora da separação do príncipe de Gales e Diana. 

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A expectativa era de que ela ficasse com o título de princesa consorte, uma espécie de deferência a Diana. 

Mas a exemplo de Kate Middleton, Camilla vem se conduzindo bem publicamente, e aos poucos ganha apoio, o que a pesquisa do Ipsos-Mori confirmou.

Após a mensagem de Elizabeth II,  quatro em cada 10 britânicos (38%) se disseram a favor de a duquesa da Cornualha se tornar a rainha consorte. O percentual supera os 28% que dizem se opor a isso, enquanto outros 29% são neutros.

Mais da metade (54%) daqueles que são a favor da duquesa se tornar rainha consorte dizem que isso é resultado de seu apoio ao príncipe Charles, enquanto uma proporção semelhante atribui ao fato de ela se casar com o rei (48 %). 

Pouco menos da metade diz que apoia Camilla se tornar a rainha consorte devido ao apoio que ela ofereceu à rainha ao longo dos anos (47%) ou porque é o desejo da rainha (45%). 

Quatro em cada 10 dizem que são a favor devido ao seu trabalho de representação em atividades da realeza, (40%) ou seu trabalho de caridade (39%). Um quarto (26%) cita sua personalidade e caráter.

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