Londres – Entre as situações enfrentadas por jornalistas em transmissões ao vivo, a da jornalista de TV americana Julie Chin entra para a lista das mais surpreendentes e assustadoras: ela começou a ter um derrame quando lia uma notícia no estúdio da emissora KJRH, afiliada da NBC em Tulsa, Oklahoma.

Chin falava na manhã de sábado (3) sobre o lançamento do foguete Artemis I quando passou a fazer pausas incomuns. Ela percebe o que está acontecendo e avisa aos espectadores com profissionalismo, chamando a repórter de meteorologia para dar sequência ao programa. 

Os colegas acionam o serviço de emergência para levá-la ao hospital, onde Chin passou quase dois dias fazendo exames. Recuperada, ela contou contou a história no Facebook e aproveitou para iniciar uma campanha de esclarecimento sobre sintomas de derrame.

Jornalista foi diagnosticada com derrame parcial 

A jornalista virou notícia, com matérias na própria emissora e na imprensa internacional sobre o episídio. No Facebook e em entrevistas, ela disse que começou a ler o texto da reportagem “mas as palavras não apareciam”. 

As palavras estavam na minha frente, eu sabia o que estava lendo, mas as palavras simplesmente não saíam da minha boca.

Ela tenta mais um pouco, mas acaba admitindo o que estava acontecendo antes de passar a palavra ao meteorologista que falaria em seguida.

No Facebook, ela explicou que se sentia bem antes de entrar no ar, mas que quando a transmissão iniciou “as coisas começaram a acontecer”: 

Primeiro, perdi a visão parcial de um olho. Um pouco depois, minha mão e meu braço ficaram dormentes. Então, eu sabia que estava em apuros quando as palavras que estavam na minha frente no teleprompter não saíam da minha boca.

Quem assistiu sabe o quão desesperadamente eu tentei levar o programa adiante, mas as palavras simplesmente não saíam.

A jornalista agradeceu o “espírito de equipe” dos colegas, que ligaram imediatamente para a emergência médica quando os sintomas do derrame apareceram.

E disse que os médicos acham que ela teve o início de um derrame, mas não um derrame completo.

Ainda há muitas perguntas e muito para acompanhar, mas a conclusão é que eu devo ficar bem.

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A jornalista Julie Chin disse ter aprendido que nem sempre é óbvio que alguém esteja tendo um derrame, e “ação é fundamental”.

Nas redes sociais e em reportagens sobre o caso, Chain aproveitou para alertar sobre os sintomas comuns do derrame, usando a sigla em inglês BE FAST (Seja Rápido), de Balance (Equilíbrio, significando uma perda repentina dele, ou vértice súbito), Eyes (Olhos, indicando perda ou alterações súbitas da visão), Face (Rosto, que pode se apresentar caído ou se tornar irregular durante um derrame), Speech (Fala, significando palavras arrastadas ou dificuldade para falar ou entender os outros) e Time (Tempo, que é essencial quando os sintomas começam).