Amaury Oliva, diretor da Febraban, fala sobre o engajamento dos bancos para apoiar os clientes em sustentabilidade
Amaury Oliva

Os bancos têm papel estratégico para direcionar recursos a projetos e atividades que contribuam para o desenvolvimento sustentável e para uma sociedade mais equilibrada e inclusiva, e nos últimos anos, intensificamos as práticas voltadas aos temas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança, na sigla em inglês).

Recentemente, divulgamos a Autorregulação para a cadeia de carnes, que integra esse esforço histórico das instituições financeiras.Ao oferecer crédito a frigoríficos e matadouros, os bancos brasileiros terão de cumprir um protocolo com requisitos mínimos comuns para promover o desmatamento ilegal zero na cadeia de carnes.

Esse normativo foi discutido por mais de um ano. Houve diálogo com as organizações envolvidas para coletar suas percepções, consideradas na elaboração do texto.

Bancos em sintonia com demandas ESG

A agenda ambiental é uma demanda da sociedade, com a qual o setor está em sintonia, e seguirá aprimorando suas práticas. Os bancos não fogem à sua responsabilidade.

Além de cumprirem as normas e a legislação, estão engajados em iniciativas voluntárias de cunho socioambiental, como a autorregulação da Febraban.

Além do novo normativo voltado às operações com frigoríficos e matadouros, os bancos já adotam uma série de critérios socioambientais para a concessão de crédito a produtores rurais.

Isso acontece por determinação do Banco Central ou por iniciativas voluntárias, como o normativo de 2014 da Autorregulação Febraban, que trata da responsabilidade e dos processos de gerenciamento de riscos socioambientais dos bancos.

Existem ainda políticas e procedimentos adotados pelas instituições financeiras individualmente, definidos a partir de suas próprias políticas e processos de gestão de riscos.

As ações dos bancos, portanto, não vêm de agora. O setor tem consciência da necessidade de avançar no gerenciamento e na mitigação dos riscos sociais, ambientais e climáticos nos negócios com seus clientes e de canalizar cada vez mais recursos para financiar a transição para a Economia Verde.

Os bancos estão no centro das cadeias produtivas do país e estimularão ações para desenvolver uma economia cada vez mais sustentável. Estamos falando da geração atual, mas mirando as próximas. Não podemos ficar inertes. O tempo é agora.


Edição especial MediaTalks sobre Inteligência ArtificialEste artigo faz parte do Especial ‘Os desafios da ESG na era da Inteligência Artificial

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Edição Especial ESG e Inteligência Artificial MediaTalks