Londres – A 15ª edição do prêmio de fotografia ambiental The Environmental Photographer of the Year (EPOTY) está com as inscrições abertas até o dia 31 de agosto.
Podem se inscrever gratuitamente fotógrafos profissionais e amadores de qualquer nacionalidade, que retratem em seus trabalhos como inovar e viver de forma sustentável.
O concurso vai distribuir £ 9 mil (R$ 54 mil) em prêmios, com os vencedores anunciados em novembro.
Prêmio de fotografia apoia os objetivos da ONU sobre sustentabilidade
O concurso de fotografia é organizado pelo Chartered Institution of Water and Environmental Management (CiWEN), entidade britânica de gestão ambiental e hídrica, e pela WaterBear, plataforma de streaming de vídeos sobre meio ambiente.
O EPOTY apoia os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, reconhecendo a relação entre o desenvolvimento, a redução da pobreza, a igualdade, a segurança e a ação climática que colocam o planeta em risco.
São seis categorias e as inscrições para o concurso são gratuitas
O concurso este ano é dividido em seis categorias. O Fotógrafo Ambiental do Ano receberá um prêmio no valor de £ 5 mil (R$ 30 mil).
Os participantes devem destacar em uma única imagem as causas e efeitos das mudanças climáticas e da desigualdade social, mostrando soluções para o clima e a emergência ecológica e inspirando as pessoas a viver de forma sustentável.
Já para o Jovem Fotógrafo Ambiental do Ano – podem participar jovens de até 21 anos – o prêmio é uma câmera Z Nikon e duas lentes Nikkor.
Os vencedores das outras quatro categorias recebem cada um, £ 1 mil (R$ 6 mil).
O temas são Visão do Futuro (imagens do ambiente futuro); Recuperando a Natureza (iniciativas de conservação e recuperação); Mantendo o 1,5˚ Vivo (ações para conter o aquecimento global) e Adaptando-se para o amanhã (como as comunidades e a natureza estão convivendo com as mudanças climáticas).
Para mais informações e inscrição clique aqui
Conheça os vencedores do prêmio EPOTY 2021
Na edição 2021 do prêmio as categorias eram diferentes, mas os trabalhos vencedores podem inspirar os participantes deste ano, demonstrando o que o júri valoriza no concurso.
Fotógrafo do Ano: Os filhos da maré alta, por Antonio Aragón Renuncio
A cena capturada pelo espanhol Antonio Aragón Renuncio, Fotógrafo Ambiental do Ano 2021, é um perfeito exemplo do impacto da crise ambiental.
Em ‘Os filhos da maré alta’, ele retratou o sono de um criança em um cenário de destruição, com sua casa prestes a desabar devido à erosão causada pelo avanço do mar. Renuncio relata o que quis mostrar na imagem:
“O nível do mar na costa do Togo e em outros países da África Ocidental continua a subir e engolir tudo em seu caminho. Casas, plantações, estradas, árvores, escolas, empregos, recursos.
No entanto, a costa deste pequeno país no Golfo da Guiné é apenas uma parte do enorme problema que afeta mais de 8 mil quilômetros de litoral em 13 países da África Ocidental.
Devido ao aquecimento global, o aumento do nível do mar está forçando o fundo do oceano a se reajustar, removendo sedimentos da costa e levando-os para longe. Isso causa erosão marinha capaz de devorar dezenas de metros de terra a cada ano.
Como resultado deste problema ambiental global, milhares de pessoas, principalmente mulheres e crianças, já foram obrigadas a deixar suas casas e migrar para o interior em busca de alimento, abrigo e para evitar uma morte certa.
Muitos outros aguardam seu futuro inexorável: a próxima maré alta, que leva tudo embora”.
Leia também | Atafona, Carajás, Amazônia: brasileiros finalistas em prêmio de fotografia ética retratam dramas sociais
Jovem Fotógrafo do Ano: Inferno, por Amaan Ali
O prêmio Jovem Fotógrafo Ambiental do Ano 2021 foi concedido a Amaan Ali, da Índia, por seu trabalho ‘Inferno’, que retrata um menino lutando contra incêndios em uma floresta perto de sua casa em Yamuna Ghat, Nova Delhi.
De acordo com as pessoas que vivem no local, incêndios florestais causados pela atividade humana em uma área é uma ocorrência comum devido às condições de vida.
Ambientes do Futuro: Inundação, por Michele Lapini
O objetivo dessa categoria do prêmio em 2021 foi narrar as mudanças ambientais devido ao impacto da humanidade e vislumbrar o futuro.
Uma casa está submersa pela inundação do rio Panaro no Vale do Pó devido as fortes chuvas e neve derretida. Nonantola, Modena, Itália, 2020.
Cidades Sustentáveis: Transição Net-zero-fotobiorreator, por Simone Tramonte
Essa categoria chamou a atenção em 2021 para os ambientes construídos e as comunidades e animais que os habitam, apresentando as conexões entre natureza, sociedade e infraestrutura.
“Um fotobiorreator nas instalações da Algalif na Islândia. A Algalif produz astaxantina (um antioxidante) sustentável a partir de microalgas usando energia geotérmica 100% limpa”.
“Na fase de fome das algas a cultura é exposta à luz ultravioleta para causar condições de estresse e induzir a síntese de astaxantina.
O sistema de iluminação permite que a Algalif reduza o consumo geral de energia em 50%, além de fornecer crescimento, produtividade e rendimento de microalgas ideais.
Os métodos de produção permitem 0% de evaporação de água, enquanto alguns fabricantes perdem até 20% de água por dia. A Islândia mudou dos combustíveis fósseis para 100% da eletricidade e do calor de fontes renováveis”. Reykjanesbaer, Islândia, 2020.
Leia também | Um planeta em clima de mudança: veja as imagens finalistas do Earth Photo 2022
Ação climática : O último suspiro, por Kevin Ochieng Onyango
Essa categoria explorou na edição passada do prêmio o desenvolvimento ambiental e econômico sustentável e ações de preservação
“Um menino inspirando ar da planta, com uma tempestade de areia se formando ao fundo. Esta é uma implicação drástica do que virá se a humanidade continuar a derrubar árvores sem substituí-las.
As árvores são uma das soluções baseadas na natureza para as mudanças climáticas. Com o desmatamento, estamos chegando perto do nosso último suspiro” . Nairobi, Quênia, 2021
Água e segurança: Barreira Verde, por Sandipani Chattopadhyay
Examinando as relações intrincadas entre o acesso à água potável e saneamento, igualdade de gênero e segurança, essa categoria reconheceu imagens retratando a demanda cada vez maior por água e o papel da igualdade em todos os aspectos de sua gestão, desde a escassez até as inundações.
“Estações de monções irregulares e secas causam a proliferação de algas no rio Damodar.
As algas impedem que a luz penetre na superfície e evitam a absorção de oxigênio pelos organismos aquáticos, afetando a saúde humana e os habitantes da área”. Bengala Ocidental, Índia, 2021.
Resiliência: Sobreviver para estar vivo, por Ashraful Islam
Essa categoria mostrou o impacto da narrativa por meio da fotografia. O prêmio é concedido a uma única imagem que incorpora uma narrativa convincente capaz de educar, espalhar esperança e inspirar ação.
“Rebanhos de ovelhas procuram grama entre o solo rachado. Secas extremas em Bangladesh criaram dificuldades para todos os seres vivos.” Noakhali, Bangladesh, 2021.
As imagens do prêmio de fotografia ambiental foram publicadas com autorização dos organizadores e não podem ser reproduzidas
Leia também | No Dia Mundial da Fotografia, veja o trabalho de brasileiros reconhecidos em prêmios internacionais
