O aplicativo de namoros Tinder anunciou hoje (16/8) em Los Angeles que vai oferecer aos membros em todo o mundo um recurso para verificação de identidade. É a primeira das grandes plataformas digitais do gêenero a atender ao apelo de governos e entidades preocupadas com o assédio online e discurso de ódio, pois o anonimato nas redes dificulta a identificação de autores de ataques. 

No comunicado, o Match Group, dono do Tinder, disse que na primeira fase a verificação não será obrigatória, deixando a decisão de usar ou não o recurso a critério de cada usuário. E que o mecanismo levará em conta recomendações de especialistas, sugestões dos membros da comunidade e tipos de documentos mais apropriados em cada país e as leis locais.

Leia também: Após ataques racistas na Eurocopa, Instagram anuncia recurso contra mensagens ofensivas

A empresa informou que, com base nos resultados iniciais, “evoluirá para garantir uma abordagem equitativa, inclusiva e amigável para a verificação”. Rory Kozoll, chefe de produtos de confiança e segurança da Tinder, comentou o processo de implementação da ferramenta:

“A verificação de ID é complexa e cheia de nuances, e é por isso que estamos adotando uma abordagem de teste e aprendizado para a implementação. Sabemos que uma das coisas mais valiosas que o Tinder pode fazer para que os usuários se sintam seguros é dar-lhes mais confiança de que seus pares são autênticos e mais controle sobre com quem eles interagem.

Esperamos que todos os nossos usuários em todo o mundo vejam os benefícios de interagir com pessoas que passaram por nosso processo de verificação de identidade. Esperamos um dia em que o maior número possível de pessoas seja verificado no Tinder.”

Aplicativo já vinha passando por aprimoramentos de segurança

Nos últimos dois anos, o Tinder lançou diversos recursos de segurança. A empresa anunciou ainda que se integrará ao Garbo, uma plataforma de verificação de antecedentes fundada por mulheres, primeira de seu tipo e sem fins lucrativos.

“Sabemos que em muitas partes do mundo e dentro de comunidades tradicionalmente marginalizadas, as pessoas podem ter motivos convincentes de que não podem ou não querem compartilhar sua identidade do mundo real com uma plataforma online”, disse Tracey Breeden, VP da Segurança e Advocacia Social no Match Group.

Leia também: Tinder aposta em vídeo para se adaptar à paquera da Geração Z no mundo pós-Covid

“Criar uma solução adequada para a verificação de identidade é um projeto de segurança desafiador, mas crítico, e estamos procurando nossas comunidades, bem como especialistas, para ajudar a informar nossa abordagem.”

O Tinder implementou a verificação de identidade no Japão em 2019, e disse estar usando o aprendizado da experiência para fundamentar a expansão do recurso de forma global. 

Lançado em 2012 e disponível em 190 países e 40 idiomas, o Tinder é o aplicativo de namoro mais popular do mundo. Já foi baixado mais de 450 milhões de vezes. 

Tinder lança recurso para garantir gentileza na paquera e combater assédio online