Londres – O concurso de fotos da vida selvagem promovido pelo Museu de História Natural de Londres convidou os fãs de fotografia da natureza a votarem online para escolher o vencedor do People’s Choice Award até o dia 2 de fevereiro.  

O Brasil está bem representado entre as 25 fotografias selecionadas, com duas cenas do Pantanal.

O brasileiro Ernane Junior foi selecionado com a imagem “Jaguar das cinzas”. O sul-africano Win van den Heever concorre com o clique de uma tamanduá-bandeira e seu filhote feito durante um expedição fotográfica na região. 

Como votar na melhor foto da vida selvagem  

A votação online do prêmio Fotógrafo da Vida Selvagem do Ano – People’s Choice  vai eleger uma imagem vencedora e outras quatro que se destacaram entre as 25 finalistas. 

As imagens foram selecionadas pelo Museu de História Natural entre mais de 50 mil  fotografias inscritas por profissionais e amadores de 95 países. O resultado sai no dia 9 de fevereiro. 

Entre as finalistas estão cenas da vida selvagem como uma anta curiosa, o resgate de um golfinho no rio Amazonas colombiano, um canguru e seu filhote na floresta destruída pelos incêndios na Austrália e uma aranha tecendo seu ninho.

Para votar basta acessar o site do Museu de História Natural, escolher a foto preferida, preencher um  formulário com nome e email e confirmar o voto.

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Veja a galeria e vote na sua foto preferida da vida selvagem

“Jaguar das cinzas”, por Ernane Júnior, Brasil

Foto: Perfil Instagram

Ernani Júnior, que concorre entre feras da fotografia mundial, é um dentista que mora em Várzea Grande (MT) e há mais de dez anos faz imagens do Pantanal quando não está trabalhando em seu consultório. 

Ele presenciou o aumento dos incêndios nas nas zonas úmidas da região em 2020: “Um ano para nunca ser esquecido”, disse. 

O  Parque Estadual dos Encontros das Águas, conhecido por sua grande população de onças, teve cerca de 80% da sua área queimada.

Ernane estava lá documentando os incêndios quando essa onça e seu irmão cruzaram o Rio Três Irmãos.

Ao chegar à margem oposta, o jaguar rolou nas cinzas deixadas pela desolação dos dias anteriores, deixando apenas o rosto descoberto e o corpo negro refletindo o ambiente carbonizado.

Ernane Junior – Wildlife Photographer of the Year

Embora seja dentista por formação, ele se considera um fotógrafo profissional, embora não ganhe a vida com a atividade: 

” Não vivo de foto, vivo para a foto.”

Junior disse que estar entre os finalistas já é um prêmio, já que é um concurso difícil, com jurados rigorosos.

“Por não ser fotógrafo profissional em tempo integral, por ser brasileiro e por ser do interior do Brasil tudo é bem mais difícil”.

“Pegando uma carona”, por Wim van den Heever, África do Sul

A outra imagem do Pantanal concorrendo no concurso de fotografia da vida selvagem do Museu de História Natural foi captada por por um fotógrafo profissional sul-africano durante uma expedição à região. 

Uma fêmea de tamanduá-bandeira estava andando em torno de uma enorme planície em uma tarde no Pantanal quando o fotógrafo percebeu que ela tinha um filhote nas costas..

Ele contou que ficou em silêncio, esperando que ela se aproximasse. Mas a luz estava desaparecendo rapidamente e ele começou a se perguntar se teria tempo de capturar a cena.

Depois de esperar algum tempo – os tamanduás andam devagar – e segurando um equipamento fotográfico muito pesado, Wim foi recompensado por sua paciência.

Wim van den Heever – Wildlife Photographer of the Year

“A águia e o urso”, por Jeroen Hoekendijk, Holanda

As cenas do Pantanal têm concorrentes fortes, como esses filhotes de urso fotografados no Alasca.

Eles costumam subir em árvores e esperam com segurança a mãe voltar com comida. Este pequeno decidiu tirar uma soneca à tarde em um galho coberto de musgo sob o olhar atento de uma águia (Juvenile bald eagle).

“A águia estava sentada neste pinheiro há horas e eu achei uma situação extraordinária. Capturei a cena rapidamente e, com alguma dificuldade e muita sorte, consegui me posicionar um pouco mais alto na colina e registrar a imagem enquanto o urso dormia”.

Jeroen Hoekendijk – Wildelife Photography or the Year

“Dançando na neve”, por Qiang Guo, China

 Na Reserva Natural Lishan, na província de Shanxi, na China, o fotógrafo observou dois faisões dourados machos trocando continuamente de lugar neste tronco, com movimentos semelhantes a uma dança silenciosa na neve.

As aves são nativas da China, onde habitam florestas densas em regiões montanhosas. Embora de cores vivas, são tímidas e difíceis de detectar, passando a maior parte do tempo procurando comida no chão escuro da floresta, voando apenas para fugir de predadores ou para se empoleirar em árvores muito altas durante a noite.

Qiang Guo – Wildlife Photographer of the Year

“O pulo”, por Karl Samitsch, Áustria

O foógrafo estava em Cairngorms, na Escócia, com um amigo que o levou para uma floresta onde os esquilos vermelhos estavam acostumados a serem alimentados.

Eles colocaram avelãs em galhos opostos de duas árvores e Karl  posicionou sua câmera em um tripé entre os galhos voltados para a direção em que um esquilo poderia pular.

Ajustando a câmera para foco automático, ele esperou com o equipamento camuflado atrás de uma árvore, segurando um controle remoto. Depois de menos de uma hora, dois esquilos apareceram.

Enquanto saltavam entre os galhos, ele usou o modo de disparo de alta velocidade em sua câmera e, dos 150 quadros, quatro ficaram nítidos. Este capturou perfeitamente o momento.

Karl Samitsch – Wildlife Photographer of the Year

“Espreitando”, por Michiel Van Noppen, Holanda

 A foto de Dantita, como ela é carinhosamente conhecida, foi tirada no sopé do Parque Nacional Braulio Carrillo, perto de San José, no centro da Costa Rica.

As antas de Baird, conhecidas como ‘jardineiras da floresta’ são extremamente importantes para o seu habitat natural, porque algumas sementes só germinam depois de passarem pelo sistema digestivo do animal. Devido a ameaças de desmatamento e caça, estima-se que restem apenas 6 mil delas na natureza.

Grupos de conservação como o Proyecto Tapir Nicarágua e o Nai Conservation foram criados para trabalhar em estreita colaboração com as comunidades locais para promover a importância de preservar a terra e proteger uma espécie ameaçada.

Michiel Van Noppen – Wildlife Photographer ot the Year

“Macaco abraçado”, por Zhang Qiang, China

O fotógrafo estava visitando as montanhas Qinling, na China, para observar o comportamento do macaco de nariz arrebitado de Sichuan.

As florestas temperadas das montanhas são o único habitat desses macacos ameaçados de extinção.

Zhang adora observar a dinâmica do grupo familiar. Quando é hora de descansar, as fêmeas e os filhotes se amontoam para se aquecer e proteger.

Esta imagem captura perfeitamente o momento de intimidade, valorizando o rosto azul inconfundível do jovem macaco aninhado entre duas fêmeas e seu impressionante pelo laranja-dourado salpicado de luz.

Zhang Qiang – Wildlife Photographer of the Year

“Abrigado da chuva”, por Ashleigh McCord, USA

 Durante uma visita ao Maasai Mara, no Quênia, Ashleigh capturou esse momento de ternura entre um par de leões machos.

A princípio, ela estava registrando imagens de apenas um dos leões, e a chuva era apenas uma leve chuva. O segundo animal se aproximou e cumprimentou seu companheiro antes ir embora.

Mas quando a chuva se transformou em um aguaceiro pesado, o segundo macho voltou e sentou-se, posicionando seu corpo como se quisesse abrigar o outro.

Pouco depois, eles encostaram os rostos e continuaram sentados se acariciando por algum tempo. Ashleigh ficou observando-os até a chuva cair com tanta força que eles mal eram visíveis.

Ashleigh McCord – Wildlife Photographer of the Year

“Todos juntos”, por Ly Dang, USA

 Os mergulhões do Clark no lago local em San Diego, Califórnia, EUA, não faziam ninhos há alguns anos, e o clima excepcionalmente quente e seco que eles estavam enfrentando era o culpado.

Em 2017, a Califórnia teve o dobro da precipitação anual normal. Com os lagos cheios, os mergulhões começaram a construir ninhos e a botar ovos novamente.

Eles constroem ninhos flutuantes à beira de águas rasas entre os juncos. Os filhotes pegam carona nas costas dos pais logo após o nascimento.

Esta foto foi feita alguns dias depois de uma tempestade que arrasou quase todos os ninhos de mergulhões. A fotógrafa estava em um barco há horas, examinando a superfície, procurando mergulhões e, assim que a luz diminuiu ela localizou os sobreviventes.

Ly Dang – Wildlife Photographer of the Year

“Barracudas”, por Yung Sen Wu, Taiwan

Foram as barracudas  em Blue Corner, Palau, no oeste do Pacífico, que chamaram a atenção de Yung enquanto mergulhava na paisagem turquesa do mar.

Ele estava nadando com os peixes há quatro dias, mas a formação mudava constantemente e ele não conseguia encontrar o ângulo perfeito.

No quinto dia sua sorte mudou, quando os peixes pareceram aceitá-lo no grupo. Cercado pelas barracudas, ele começou a imaginar como um peixe vê outro enquanto nada, e essa era a foto que ele queria.

Os peixes eram rápidos e ele teve que nadar muito para manter seu lugar no cardume. Após 50 minutos exaustivos, ele conseguiu sua visão perfeita de ‘olhar de peixe’.

Yung Sen Wu – Wildlife Photographer of the Year

“Quintal do melro”, por Jan Leßmann, Alemanha

Jan teve grande prazer em observar este melro de sua porta de casa, em sua cidade natal de Greifswald, na Alemanha.

Era primavera e o melro havia escolhido uma velha cabana de jardim para construir seu ninho. Silenciosamente ela criou seus filhos neste local.

Com esta imagem Jan queria destacar que não precisamos ir muito longe para experimentar a beleza da natureza.

“Às vezes algo tão simples como um melro fazendo sua casa em uma cabana em ruínas é suficiente”.

Jan Leßmann – Wildlife Photographer of the Year

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“Esperança em uma plantação queimada”, por Jo-Anne McArthur, Canadá

Jo-Anne voou para a Austrália no início de 2020 para documentar as histórias de animais afetados pelos devastadores incêndios florestais que estavam varrendo os estados de Nova Gales do Sul e Victoria.

Trabalhando ao lado da Animals Australia (uma organização de proteção animal), ela teve acesso a locais de queimadas, resgates e missões veterinárias.

Este canguru cinza oriental e seu filhote retratado perto de Mallacoota, Victoria, estavam entre os sortudos. O canguru mal tirou os olhos de Jo-Anne enquanto ela caminhava calmamente até o local onde poderia tirar uma ótima foto.

 Ela teve tempo suficiente para registrar a cena antes que o canguru saltasse para a plantação de eucalipto queimado.

Jo-Anne McArthur – Wildlife Photographer of the Year

“Lago de gelo”, por Cristiano Vendramin, Itália

O Santa Croce é um lago natural localizado na província de Belluno, Itália. No inverno de 2019 Cristiano notou que a água estava excepcionalmente alta e os salgueiros estavam parcialmente submersos, criando um jogo de luzes e reflexos.

Esperando por condições mais frias, ele registrou a cena em uma quietude gelada. Depois de capturar a imagem, ele se lembrou de um amigo querido, que amava este lugar e agora não está mais aqui.

 “Quero pensar que ele me fez sentir essa sensação que nunca vou esquecer. Por isso, esta fotografia é dedicada a ele“.

Cristiano Vendramin – Wildlife Photographer of the Year

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“Respiração de uma raposa do Ártico”, por Marco Gaiotti, Itália

O fotógrafo estava observando esta pequena raposa do Ártico que chamava incessantemente outra nas proximidades, e  notou que o hálito úmido da raposa estava rapidamente congelando no ar após.

Era final de inverno em Spitsbergen, Svalbard,  com a temperatura a – 35º C . 

Fotografar raposas do Ártico é muitas vezes frustrante, pois normalmente elas correm em busca de comida. Mas esta estava muito relaxada e permitiu que o fotógrafo se aproximasse o suficiente para aproveitar a uma luz brilhando perfeitamente no fundo.

Marco Gaiotti – Wildlife Photographer of the Year

“Fique perto”, por Maxime Aliaga, França

Cuidar de um jovem orangotango requer muita energia. Maxime passou mais de uma hora observando esta mãe na Reserva Natural Pinus Jantho de Sumatra, na Indonésia, tentando manter seu bebê no ninho.

Desde 2011, o Programa de Conservação de Orangotangos de Sumatra liberou mais de 120 macacos na reserva. Seu objetivo é estabelecer novas populações selvagens, como uma rede de segurança contra o declínio.

Esta mãe já foi mantida em cativeiro como um animal de estimação ilegal, mas foi tratada e libertada em 2011. Em 2017, ela foi flagrada com um bebê nascido selvagem, Masen, um símbolo de esperança para a população futura.

Maxime Aliaga – Wildlife Photographer of the Year

“Trabalhando juntos”, por Minghui Yuan, China

Havia várias árvores grandes perto do hotel onde Yuan estava hospedado  no Jardim Botânico Tropical Xishuangbanna, na província de Yunnan, na China. Ele notou formigas nos troncos e ficou fascinado com o comportamento delas.

Essa espécie de formiga constrói seu ninho na copa das árvores, é feroz por natureza e hábil para pegar todos os tipos de insetos. Certa manhã, o fotógrafo notou um grupo de formigas trabalhando juntas em perfeita sincronia para conter um gafanhoto verde.

Essas formigas ​​nem sempre matam. Elas foram observadas ‘cultivando’ certos tipos de insetos, incluindo cigarrinhas. As formigas oferecem proteção às cigarrinhas contra predadores e parasitas, para que possam se alimentar da seiva doce que excretada por elas. 

Minghui Yuan – Wildlife Photographer of the Year

“O urso de gelo vem…”, por Andy Skillen, Reino Unido

Um passeio de helicóptero de duas horas da cidade mais próxima levou a este local no Fishing Branch River em Yukon, Canadá – lugar onde o rio nunca congela, por mais baixa que a temperatura esteja. 

A corrida do salmão ocorre no final do outono. Para os ursos pardos da área, este mar aberto oferece a chance final de um banquete final antes de hibernar.

A temperatura estava em torno de -30 ° C e Andy estava esperando que uma ursa usasse esse tronco para atravessar o riacho. 

Ela fez exatamente isso e ele conseguiu a foto da natureza que havia imaginado – o pelo dela, molhado durante a pesca, havia congelado em pingentes e “você podia ouvi-los tinir enquanto ela passava”.

Andy Skillen – Wildlife Photographer of the Year

“Construindo um ninho”, por Javier Aznar González de Rueda, Espanha

Enquanto fazia uma caminhada noturna na floresta amazônica perto de Tena, Equador, em uma expedição de fotos na natureza, Javier avistou esta pequena aranha tecelã construindo delicadamente seu ninho.

Penduradas em um fio de seda forte, essas aranhas fêmeas passam horas envolvendo seus ovos em um casulo de seda, que pode conter até várias centenas de ovos. Nesta noite escura, o ninho parecia uma lua cheia branca perolada.

Javier Aznar González de Rueda – Wildlife Photographer of the Year

“Laços de amor”, por Peter Delaneu, Irlanda / África do Sul

Uma manada de elefantes fechava as fileiras, empurrando seus filhotes para o meio do grupo para proteção, enquanto um elefante estava tentando separar um filhote recém-nascido de sua mãe. 

Especialista em fotos da natureza selvagem, Peter estava fotografando o rebanho na Addo Elephant Reserve, na África do Sul, quando o recém-nascido soltou um grito agudo.

O rebanho reagiu instantaneamente – soltando gritos altos, batendo as orelhas e depois cercando os jovens e estendendo suas trombas para tranquilizá-los. Os elefantes criam laços que duram a vida inteira e podem mostrar emoções que vão do amor à raiva.

 “Há algo mágico e belo quando você observa elefantes – isso toca sua alma e seu coração”.

Peter Delaneu – Wildlife Photographer of the Year

“Suricato fazendo pose”, por Thomas Peschak, Alemanha/África do Sul

Este grupo de suricatos na Reserva Tswalu Kalahari, na África do Sul, está habituado aos humanos há mais de uma década e é muito relaxado com as pessoas.

Na verdade, eles praticamente ignoraram completamente a presença do fotógrafo da natureza, estando muito preocupados em descansar, caçar e lutar.

Por isso o fotógrafo foi capaz de se aproximar e usar uma lente grande angular para incluir a savana árida e as montanhas que eles chamam de lar. Para capturar as características dos suricatos, ele aplicou técnicas usadas para pessoas em uma sessão de retratos e usou luzes de estúdio para fotografá-los.

Thomas Peschak – Wildlife Photographer of the Year

“A vida em preto e branco”, por Lucas Bustamante, Equador

Dezenas de zebras da planície apareceram para beber água no poço de Okaukuejo, no Parque Nacional Etosha, na Namíbia, local popular para os animais da região matarem a sede causada pelo calor escaldante.

Embaladas juntas e movendo-se como uma só, as zebras abaixaram as cabeças para pegar água e, quase imediatamente, ergueram-se roboticamente para escutar se havia perigo.

O movimento durou cinco minutos e suas listras lembraram um código de barras vivo.

O fotógrafo da natureza tinha por objetivo capturar apenas uma com a cabeça erguida e, pouco antes de o grupo partir, ele conseguiu a imagem para mostrar esses icônicos animais listrados em preto e branco.

Lucas Bustamante – Wildlife Photographer of the Year

“O futuro em suas mãos”, por Joan de La Malla, Espanha

Devido à superexploração – extração industrial de madeira e desmatamento para o desenvolvimento de plantações – as florestas tropicais de Bornéu estão desaparecendo rapidamente.

Por causa disso, espécies endêmicas como o orangotango estão sofrendo e morrendo por causa da perda de habitat, vivendo séria ameaça.

A International Animal Rescue reabilita orangotangos órfãos ou feridos. Eles lhes dão os cuidados de saúde de que precisam e os preparam para a reintrodução, quando possível.

A foto mostra um cercado florestal em que um tratador cuida dos bebês. Eles são incentivados a se misturar com outros da mesma idade, fazer ninhos e procurar comida.

Joan de La Malla – Wildlife Photographer of the Year

“Abraçando o golfinho”, Jaime Rojo, Espanha

O fotógrafo presenciou Federico Mosquera, biólogo da Fundação Omacha, acalmar um golfinho no rio Amazonas colombiano.

Esses golfinhos são animais extremamente táteis, e o contato direto os acalma. Mantê-los hidratados fora da água também é muito importante.

A equipe de Omacha e da WWF estavam transportando o golfinho para uma instalação veterinária temporária em Puerto Nariño, Colômbia, para colocar uma etiqueta de GPS em sua barbatana dorsal.

O projeto faz parte de uma tentativa de entender a saúde dos golfinhos de rio e os padrões migratórios.

O objetivo era marcar cinco indivíduos, mas a maré alta deu aos golfinhos uma vantagem. A tripulação lutou, mas só conseguiu marcar um animal durante a expedição.

Jaime Rojo – Wildlife Photographer of the Year

“Filhote de lince lambendo os beiços”, por Antonio Liebana Navarro, Espanha

O lince ibérico é um dos animais mais ameaçados do mundo devido à perda de habitat, diminuição das fontes de alimento, atropelamentos e caça ilegal.

Mas graças aos esforços de conservação, a espécie está se recuperando e pode ser encontrada em pequenas áreas de Portugal e Espanha.

O fotógrafo da vida selvagem capturou esta imagem enquanto liderava um projeto de conservação baseado em fotografia em Peñalajo, Castilla La Mancha, Espanha.

Ele sabia que uma família de linces usava esse charco para beber e armou um esconderijo por perto. Focando neste filhote, ele teve a sorte de capturar o momento em que ele levantou a cabeça da água, lambeu os lábios e olhou diretamente para a câmera.

Antonio Liebana Navarro – Wildlife Photographer of the Year

“Vivendo juntos”, por Dhritiman Mukherjee, Índia

Para esse especialista em fotos da vida selvagem, o Butão é um lugar incrível. 

Os Satyr tragopans, uma espécie rara de faisão asiático, são amplamente caçados para virarem alimento e por causa da plumagem. Por isso são ariscos e muito tímidos.

Mas nessa aldeia perto de Punakha os pássaros parecem à vontade e perfeitamente relaxados na presença das pessoas.

Antes de capturar esta imagem, Dhritiman tentava fotografar o Satyr tragopans na Índia desde 2008, mas os pássaros sempre fugiam no momento em que o avistavam.

Ao ouvir falar de comunidades no Butão coexistindo harmoniosamente com as espécies, ele sabia que tinha que testemunhar por si mesmo.

Dhritiman Mukherjee – Wildelife Photographer of the Year

As fotos da vida selvagem  foram publicadas com autorização do The Natural History Museum’s Wildlife Photographer of the Year  e não podem ser reproduzidas.


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