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Zara tira do ar campanha associada por ativistas pró-Palestina a mortes em Gaza

Modelo segura manequins envoltos em pano branco, em campanha da Zara, associada por ativistas à destruição em Gaza

Londres – A Zara foi obrigada a remover uma campanha do site e das redes sociais depois de que ativistas pró-Palestina iniciaram no Reino Unido um movimento online de boicote à marca em protesto contra imagens interpretadas como referência à destruição em Gaza. 

Nas seis imagens da campanha, feitas para a coleção Atelier, a modelo Kristen McNenamy aparece segurando manequins envoltos tem um pano branco, associados a mortalhas. O ambiente simula um estúdio de escultura, com figuras humanas danificadas e placas de gesso quebradas. 

Nesta terça-feira, a Zara publicou um comunicado no Instagram sobre as críticas: “Infelizmente, alguns clientes sentiram-se ofendidos com estas imagens, que agora foram removidas, e viram nelas algo longe do que se pretendia quando foram criadas”. 

Boicote à Zara por associação das campanha com guerra em Gaza 

Mas a reação pode ter sido tardia. Pessoas descontentes com a campanha postaram mensagens na conta da Zara no Instagram, muitas com bandeiras palestinas. A hashtag #BoycottZara virou trending topic no Twitter / X. 

A coleção Atelier foi lançada pela empresa no dia 7 de dezembro. A Inditex, dona da Zara, disse que a campanha foi criada em julho e as fotos feitas em setembro. O ataque do Hamas a Israel aconteceu no dia 7 de outubro.

As fotos estavam no site até a manhã de segunda-feira e agora foram removidas, mas continuam circulando pelas redes sociais e na imprensa. 

 O caso da Zara chegou à agência reguladora de propaganda do Reino Unido, a Advertising Standards Authority, que informou ter recebido mais de 100 reclamações sobre a campanha publicitária.

Os reclamantes disseram ter se sentido ofendidos com as imagens, embora elas tenham sido feitas antes do conflito. 

Campanha de supermercado britânico também foi criticada 

Em novembro, a rede varejista Marks & Spencer teve que se desculpar por um anúncio em que uma atriz aparecia queimando chapéus de papel de Natal em uma fogueira.

As cores eram as da bandeira palestina. A ideia era mostrar de forma divertida que as tradições do Natal não são apreciadas por todo mundo, mas o efeito foi desastroso.

A foto que gerou a revolta foi postada no Instagram, para divulgar a campanha de Natal da M&S. 

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