O jornalismo inovador é forjado pela interseção de tecnologia, narrativas e soluções criativas para melhorar a maneira como informa e presta serviço ao público, e pensando nisso, a revista LatAm Journalism Review (LJR), do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, destacou 10 projetos de jornalismo da América Latina que causaram impacto ou foram reconhecidos em 2023, incluindo alguns no Brasil.
Ferramentas de inteligência artificial, jogos interativos, narrativas com geolocalização e trabalho colaborativo são alguns dos elementos inovadores com os quais esses trabalhos fizeram uma cobertura excepcional de eleições, violações de direitos humanos e mudanças climáticas, entre outros temas.
Outros projetos propuseram soluções inovadoras para melhorar a prática do jornalismo e combater a desinformação e o discurso de ódio.
Conheça os projetos de jornalismo inovador de 2023
Radiografía de homicidios
O meio digital de jornalismo investigativo IDL-Reporteros, do Peru, publicou em fevereiro deste ano “Ayacucho: Radiografía de homicidios”, uma reportagem em vídeo que, por meio do uso de material audiovisual de fontes abertas, reconstruiu o massacre ocorrido na cidade de Ayacucho em dezembro de 2022.
Graças a uma análise minuciosa de imagens de testemunhas e redes sociais, bem como ao uso das funções de geolocalização e medição de distância do Google Earth, os autores informaram que pelo menos seis manifestantes foram mortos pelos militares, contradizendo a versão oficial do governo peruano.
De acordo com seus criadores, a reportagem foi incorporada como prova na investigação do caso no Ministério Público de Ayacucho.
Também ganhou o Prêmio Gabo 2023 na categoria Imagem. O júri destacou o uso do formato de reconstrução em vídeo pela IDL-Reporteros que, com recursos limitados e informações oficiais escassas, conseguiu contar o que as autoridades ocultaram.
O júri também propôs que os jornalistas da região usem o modelo de trabalho por trás de “Ayacucho: Radiografía de homicidios” para cobrir histórias de repressão e violações de direitos humanos.
- Nome: Ayacucho: Radiografía de homicidios
- Criadores: Rosa Laura e César Prado (IDL-Reporteros, Peru)
- Data de lançamento: 12 de fevereiro de 2023
- Financiamento: Recursos do próprio meio
- Por que é inovador: Utilizou técnicas de reconstrução forense com material de fontes abertas e uma narrativa em vídeo com elementos de georreferenciamento e linha do tempo.
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La ciudad sumergida
Uma investigação inovadora mostrou que a infraestruturas cruciais do Uruguai – tanto em bairros mais vulneráveis quanto os mais ricos de sua capital – correm o risco de ficar submersos se os efeitos das mudanças climáticas não forem controlados.
Trata-se de “La Ciudad Sumergida” (“A Cidade Submersa”), um projeto de jornalismo de dados com foco climático desenvolvido pelo meio de jornalismo científico e tecnológico uruguaio Amenaza Roboto, em colaboração com uma equipe de cientistas.
A investigação, a primeira no país a analisar a linha de inundação e seu impacto sobre a população e a infraestrutura crítica ao longo da costa de Montevidéu, revelou informações relevantes para os cidadãos que permaneciam ocultas em documentos públicos do Estado uruguaio.
Como parte de sua metodologia, a Amenaza Roboto usou vários bancos de dados, bem como sistemas de informações geográficas (GIS) e outras ferramentas de visualização para mostrar os possíveis danos e a importância de desenvolver estratégias de risco de inundação.
Além de ganhar um prêmio Sigma pelo melhor em jornalismo de dados, “La Ciudad Sumergida” teve grande impacto social e midiático no Uruguai e, de acordo com seus criadores, inspirou outros meios de comunicação da região a fazer investigações semelhantes.
Também deu origem a novos bancos de dados que foram disponibilizados ao público em formato aberto.
- Nome: La ciudad sumergida (A cidade submersa)
- Criadores: Gabriel Farías, Natalie Aubet, Miguel Ángel Dobrich e Nahuel Lamas (Uruguai)
- Data de lançamento: 22 de novembro de 2022
- Financiamento: Fundos do Concurso de Dados Climáticos Abertos do Ministério do Meio Ambiente do Uruguai, Agesic, Open Data Charter e Banco Interamericano de Desenvolvimento.
- Por que é inovador: Foi a primeira investigação a analisar a linha de inundação de Montevidéu e seu impacto na população e na infraestrutura.
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Image2Text
Um grupo de jornalistas de países do Sul Global deu um passo em direção ao desenvolvimento de uma inteligência artificial mais inclusiva e com menos viés racial.
Jornalistas do Grupo Octubre (Argentina), El Surtidor (Paraguai) e GMA Network (Filipinas) criaram uma plataforma que usa inteligência artificial para identificar e marcar imagens e vídeos do material de arquivo das redações, com a intenção de tornar os processos de pesquisa mais eficientes.
O resultado foi o Image2Text, uma API (interface de programação de aplicativos) que além de ser capaz de reconhecer e marcar rostos em material audiovisual, foi criada de forma que cada usuário possa contribuir com suas próprias imagens para o treinamento de seus algoritmos.
O objetivo é fazer com que a ferramenta funcione cada vez melhor no contexto de países que não falam inglês.
O projeto tem como precedente a Visión Latina, a plataforma de reconhecimento visual desenvolvida pelo Grupo Octubre como parte do Desafio de Inovação 2021 da Google News Initiative, que já é usada pelos canais do grupo e está disponível para outros meios de comunicação.
O Image2Text foi lançado no início deste ano como um arquivo aberto no GitHub, acompanhado de um pacote inicial para que os meios de comunicação interessados possam executar a API em suas redações.
A próxima etapa do projeto é criar uma interface fácil de usar para que qualquer jornalista possa executar o Image2Text sem conhecimentos de programação.
- Nome: Image2Text
- Criadores: Lucila Pinto, Nicolas Russo (Grupo Octubre, Argentina), Sara Campos, Eduardo Ayala (El Surtidor, Paraguai), Jaemark Tordecilla e Raymund Sarmiento (GMA News Online, Filipinas)
- Data de lançamento: Janeiro de 2023
- Financiamento: Por meio da iniciativa JournalismAI Fellowship
- Por que é inovador: Aplica tecnologia de visão computacional de inteligência artificial para melhorar o reconhecimento de imagens no contexto do Sul Global.
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Repartiendo verdades
O combate à desinformação e ao discurso de ódio via WhatsApp não requer um chatbot sofisticado ou outras ferramentas de IA. Às vezes, as soluções mais simples executadas com a estratégia certa são igualmente eficazes.
Isso foi demonstrado pelo Repartiendo Verdades, um projeto da organização sem fins lucrativos especializada em fact-checking Bolívia Verifica, que tem como objetivo promover a reflexão e uma cultura de paz monitorando e verificando o discurso de ódio na Bolívia.
O projeto consiste em desenvolver artigos e peças gráficas com base em conteúdo verificado que são distribuídos via WhatsApp para desmentir publicações em redes sociais que usam discurso de ódio para criar confusão.
Orientado e apoiado pela organização argentina de fact-checking Proyecto Desconfío, Repartiendo Verdades nasceu como parte da participação da Bolívia Verifica no programa “Spread the Facts” da International Fact-Checking Network (IFCN) em parceria com a Meta, que buscava apoiar projetos de combate à desinformação usando o WhatsApp.
O Bolívia Verifica foi a única redação latino-americana a participar do programa. Diferentemente de outras iniciativas de combate à desinformação no WhatsApp, o Repartiendo Verdades tem dois públicos-alvo: os leitores bolivianos, especialmente os jovens, e os jornalistas que republicam o conteúdo em seu próprio meio, ajudando a ampliar o alcance das verificações.
O material é publicado por meio de duas listas de distribuição no WhatsApp, uma para cada público-alvo.
- Nome: Repartiendo Verdades
- Criadores: Bolivia Verifica (Bolívia), com apoio do Proyecto Desconfío (Argentina)
- Data de lançamento: Janeiro de 2023
- Financiamento: Por meio do subsídio “Spread the Facts” da IFCN
- Por que é inovador: Usa conteúdo simples para combater um tipo específico de desinformação com mensagens claras, atendendo aos leitores, bem como a outros jornalistas e veículos de mídia.
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Panzasverdes
O jornal AM, um tradicional diário com 45 anos de história em León, no estado de Guanajuato, México, tirou uma folga das notícias diárias para experimentar novos formatos para contar histórias sobre sua cidade.
O resultado foi “Panzasverdes”, uma minissérie de documentários em vídeo que pretende ser um retrato de León contado pelo próprio povo de León.
O projeto foi a contribuição do jornal para a comemoração do 447º aniversário da cidade. Consiste em oito episódios de menos de 10 minutos cada, abordando temas como indústria, cultura, gastronomia e costumes de León, e o modo de ser de seus habitantes.
Os episódios foram lançados semanalmente entre janeiro e fevereiro deste ano.
O projeto, a primeira série de vídeos do Grupo AM, foi reconhecido no Prêmio WAN-IFRA Digital Media Americas 2023 pelo Melhor Uso de Vídeo na categoria de meios pequenos ou locais.
A organização destacou o uso de entrevistas, pesquisas e redes sociais para contar a história de aspectos simbólicos da identidade de uma cidade.
- Nome: Panzasverdes
- Criadores: Grupo AM (México)
- Data de lançamento: Janeiro de 2023
- Financiamento: Publicidade
- Por que é inovador: Além do uso inovador da narrativa em vídeo, foi a primeira minissérie documental desse meio local.
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Amazônia Vox
A atenção mundial que a Amazônia ganhou nos últimos anos devido aos conflitos sociais e ambientais que enfrenta foi o estopim para que o jornalista brasileiro Daniel Nardin disponibilizasse para colegas de todo o mundo a lista de contatos que compilou ao longo de sua carreira em Belém, capital do estado amazônico do Pará.
Assim nasceu o Amazônia Vox, uma plataforma que busca conectar jornalistas, fontes e outros profissionais da Amazônia brasileira com colegas e meios de comunicação de outras regiões, a fim de gerar contatos confiáveis que se traduzam em uma melhor cobertura das questões amazônicas..
A versão beta da plataforma está ativa desde junho de 2023. Ela inclui os dados de mais de 300 jornalistas autônomos e quase 600 fontes coletadas por Nardin e a equipe do Amazônia Vox.
Além disso, o site tem formulários abertos para que outros jornalistas e especialistas em diversas áreas se registrem para fazer parte do banco de dados.
A Amazônia Vox também tem como objetivo publicar jornalismo investigativo com foco no jornalismo de soluções, e assim propor possíveis respostas para os problemas da região amazônica.
Nardin também planeja aumentar o escopo do projeto por meio da tradução do site para o inglês e da expansão para outros países com território na Amazônia
- Nome: Amazônia Vox
- Criadores: Instituto Bem da Amazônia (Brasil)
- Data de lançamento: Junho de 2023
- Financiamento: Subsídios de fundações internacionais
- Por que é inovador: Busca conectar jornalistas e fontes de uma região específica com comunicadores e meios do exterior.
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Attack Detector
Nos últimos anos, o discurso de ódio provou ser uma das principais ameaças ao jornalismo na América Latina, especialmente em países com governos autoritários ou atitudes hostis em relação à imprensa, como aconteceu no Brasil ou no México.
Com isso em mente, jornalistas das organizações Abraji e Data Crítica desenvolveram o Attack Detector, uma ferramenta que usa inteligência artificial para analisar o discurso de ódio nas redes sociais e detectar possíveis ataques contra jornalistas, ativistas e defensores da terra.
O projeto foi desenvolvido como parte da participação das duas organizações de mídia na JournalismAI Fellowship, uma iniciativa da JournalismAI, organização de pesquisa em jornalismo e inteligência artificial da London School of Economics and Political Science (LSE).
A ferramenta foi desenvolvida com base em modelos de processamento de linguagem natural multilíngue de código aberto, incluindo modelos de “análise de sentimento” ou de extração de opinião, que são capazes de identificar o tom emocional por trás de um texto.
O objetivo é detectar não apenas ataques explícitos, mas também agressões com construções menos literais, como ironia ou insultos disfarçados.
A equipe por trás do Attack Detector concluiu a versão beta da ferramenta no início deste ano. No entanto, as mudanças nas políticas do Twitter em seu processo de transformação para o X impediram a continuidade dos planos de criação de uma API para que outras organizações pudessem usar o modelo.
- Nome: Attack Detector
- Criadores: Fernanda Aguirre, Gibrán Mena (Data Crítica, México), Schirlei Alves e Reinaldo Chaves (Abraji, Brasil)
- Data de lançamento: Janeiro de 2023
- Financiamento: Por meio da iniciativa JournalismAI Fellowship
- Por que é inovador: Utilizou modelos de análise de sentimento, capazes de identificar o tom emocional por trás de um texto, no conteúdo do Twitter/X em espanhol e português.
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Hecho en México, ¿pero a qué costo?
Uma série de três reportagens e um jogo interativo revelam a realidade vivida pelas trabalhadoras têxteis no México.
Trata-se do projeto “Hecho en México, ¿pero a qué costo?” (“Feito no México, mas a que custo?”), da organização Data Cívica em parceria com o portal jornalístico independente Pie de Página, traz à tona as histórias de milhões de mulheres que enfrentam múltiplas violações de seus direitos na indústria de vestuário mexicana.
Uma reportagem fala sobre como as mulheres do Estado do México transformaram suas casas em fábricas de roupas, na tentativa de obter uma renda sem negligenciar suas famílias.
Outro relatou as condições de exploração nas oficinas de costura em um município de Guanajuato. E o terceiro conta a história de como uma cidade no estado de Puebla deixou de ser um município agrícola para se tornar um centro de produção de jeans.
O jogo interativo, por outro lado, permite que o usuário se coloque no lugar de uma trabalhadora têxtil que precisa escolher entre trabalhar, passar tempo com a filha ou tirar um tempo para si mesma.
Tanto as reportagens quanto o videogame foram publicados em um microsite e ilustrados com um estilo visual criado especialmente para o projeto pela designer mexicana Brenda Muro.
“Hecho en México, ¿pero a qué costo?” recebeu o primeiro lugar no Prêmio Walter Reuter na categoria de imprensa escrita por sua combinação de reportagem, entrevistas e análise de dados.
- Nome: Hecho en México, ¿pero a qué costo?
- Criadores: Data Cívica e Pie de Página (México)
- Data de lançamento: Julho de 2023
- Financiamento: Com o apoio da Iniciativa Arropa da Fundación AVINA
- Por que é inovador: O tema raramente é abordado na mídia mexicana de diferentes ângulos e por meio de diferentes narrativas, desde textos e ilustrações até interatividade.
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Amazon Underworld
Grupos do crime organizado em todo o mundo estão estabelecendo alianças e redes de colaboração com grupos criminosos de outros países para aumentar seu poder e alcance.
Diante dessa situação, jornalistas precisam adotar estratégias semelhantes para cobrir com mais eficácia as complexidades do mundo do crime.
Essa foi a premissa dos autores de Amazon Underworld, uma investigação transfronteiriça e colaborativa sobre as redes criminosas que operam na Amazônia, que busca ajudar a entender a dinâmica do crime organizado nessa vasta região.
O projeto foi realizado por mais de 37 jornalistas de 11 países sob a coordenação de InfoAmazonia (Brasil), Armando.Info (Venezuela) e La Liga Contra el Silencio (Colômbia), com o apoio da Rainforest Research Network do Centro Pulitzer.
Foram produzidas oito reportagens, publicadas em espanhol, inglês e português em agosto de 2023, que incluíam visualizações de dados interativas e georreferenciadas. O Amazon Underworld levou 15 meses relizando reportagens de campo, análise de dados e pesquisa de imagens de satélite.
As reportagens revelaram fatos importantes, como a presença de grupos armados e organizações criminosas na maioria dos municípios fronteiriços de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, e a localização de zonas de extração ilegal de ouro, cultivos ilícitos e áreas de processamento de drogas e rotas do tráfico.
A investigação também mostrou como esses grupos criminosos contribuíram para a destruição de áreas naturais protegidas e a invasão de territórios indígenas.
- Nome: Amazon Underworld
- Criadores: InfoAmazonia (Brasil), Armando.info (Venezuela) e La Liga Contra el Silencio (Colômbia)
- Data de lançamento: Agosto de 2023
- Financiamento: Financiado pela Open Society Foundation, pelo Foreign and Commonwealth Office do Reino Unido e pela International Union for Conservation of Nature (IUCN NL)
- Por que é inovador: Foi um esforço colaborativo e em rede, e o uso de jornalismo de dados e visualizações georreferenciadas e a apresentação em três idiomas multiplicaram o alcance das descobertas.
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Desencanto
No contexto das eleições locais na Colômbia, em outubro deste ano, o meio de jornalismo investigativo nativo digital Cuestión Pública lançou “Desencanto”, um jogo interativo que revela o lado obscuro de 27 candidatos que participaram do processo eleitoral.
O produto faz parte da aposta da Cuestión Pública na gamificação, após o sucesso de jogos interativos nos anos anteriores, que permitiram atrair o público jovem para suas investigações jornalísticas e aumentar seu impacto na agenda pública da Colômbia.
“Desencanto” permite que os usuários conheçam os supostos vínculos dos candidatos com o crime organizado ou grupos paramilitares, além de descobrir quais candidatos a cargos públicos têm processos judiciais contra eles e quais grupos políticos os apoiam.
O jogo interativo foi criado com o Power BI, uma plataforma de Business Intelligence desenvolvida pela Microsoft que permite analisar, visualizar e compartilhar dados na forma de visualizações interativas e reportagens a partir de várias fontes de dados.
Mas o produto tecnológico foi apoiado por um processo de investigação e verificação minucioso e rigoroso realizado pela equipe da Cuestión Pública, com o apoio de consultores especializados e advogados.
- Nome: Desencanto
- Criadores: Cuestión Pública, Colômbia
- Data de lançamento: 22 de outubro de 2023
- Financiamento: Com financiamento de organizações não governamentais
- Por que é inovador: é o resultado de uma metodologia própria de investigação e desenvolvimento de narrativas lúdicas e interativas que a Cuestión Pública vem aperfeiçoando desde 2020.
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Sobre o autor
César López Linares tem mestrado em jornalismo pela University of Texas em Austin e é bacharel em comunicação pela Universidad Nacional Autônoma do México.
Ele escreveu sobre inovação no jornalismo para a Fundação Gabo na Colômbia. Atualmente escreve para a revista digital LatAmJournalism Review do Centro Knight.
Este artigo foi originalmente publicado na LatAm Journalism Review, um projeto do Knight Center for Journalism in the Americas (Universidade do Texas em Austin). Todos os direitos reservados ao autor.
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