Londres –  O Centro Knight Para o Jornalismo nas AmĂ©ricas estĂĄ realizando uma pesquisa para compreender melhor como os jornalistas, professores de jornalismo e estudantes da ĂĄrea percebem a transparĂȘncia governamental e o acesso Ă  informação pĂșblica na AmĂ©rica Latina. 

A enquete faz parte de um estudo conduzido por Rosental Calmon Alves, jornalista brasileiro que fundou e dirige o Centro, e Silvia DalBen Furtado, da Universidade do Texas em Austin, junto com o pesquisador Gregory Michener, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O objetivo do trabalho sobre transparĂȘncia na AmĂ©rica Latina Ă© identificar como os profissionais de mĂ­dia da regiĂŁo utilizam os mecanismos de acesso Ă  informação em seus paĂ­ses e suas percepçÔes sobre impacto e eficĂĄcia das legislaçÔes e processos. 

A identidade e respostas dos participantes sĂŁo confidenciais. As respostas serĂŁo guardadas em um computador com senha, e os dados pessoais serĂŁo eliminados do banco de dados da pesquisa.

O acesso ao questionĂĄrio Ă© feito por este link.Ou copie e cole o URL abaixo no navegador de internet:

https://utexas.qualtrics.com/jfe/form/SV_4MdnQVGAhi4WHNY?Q_DL=InCvQYNpiBGLzvP_4MdnQVGAhi4WHNY_MLRP_eWdabYIkO8RW9xk&Q_CHL=email

TransparĂȘncia em crise na AmĂ©rica Latina 

O Ășltimo relatĂłrio anual da organização TransparĂȘncia Internacional, divulgado em janeiro, salientou os “graves ataques Ă s liberdades de expressĂŁo, imprensa e associação, que sĂŁo direitos civis e polĂ­ticos fundamentais necessĂĄrios para construir democracias saudĂĄveis ​​e livres de corrupção” ocorridos em 2021.

Em paĂ­ses como Brasil (38), Venezuela (14), El Salvador (34) e Guatemala (25), os governos usaram intimidação, difamação, notĂ­cias falsas e ataques diretos contra organizaçÔes da sociedade civil, jornalistas e ativistas – incluindo aqueles que lutam contra a corrupção – como uma forma de desacreditar e silenciar os crĂ­ticos.

Na ColÎmbia (39), graves excessosno uso da força policial foram registradas durante as manifestaçÔes de massa contra a reforma tributåria que paralisou o país, bem como violaçÔes dos direitos de mobilização, participação e protesto.

No relatĂłrio, a ONG instou a comunidade internacional a apoiar a sociedade civil, ativistas, jornalistas independentes e denunciantes. E pediu que paĂ­ses doadores e agĂȘncias de crĂ©dito multilaterais e regionais devem fortaleçam sua avaliação de corrupção e respeito pelos direitos humanos ao conceder emprĂ©stimos.