O concurso de fotografia internacional Annual Photography Awards (APA) está com as inscrições abertas para a sua 3ª edição, oferecendo prêmios de até US$ 1 mil a profissionais e amadores.
Os trabalhos podem ser enviados até o dia 5 de dezembro. Para se inscrever é preciso pagar uma taxa de US$ 30 para foto única e de US$ 40 para séries de até oito fotos.
Os participantes podem escolher entre uma das oito categorias: Abstrato, Arquitetura, Belas Artes, Paisagem, Fotojornalismo, Retrato, Fotografia de rua e Vida selvagem.
Concurso de fotografia e arte
O APA valoriza trabalhos com uma abordagem ousada e inovadora, rompendo padrões artísticos tradicionais. Não há restrições à interpretação, criatividade ou estética. O concurso aceita todos os formatos, incluindo fotos digitalmente modificadas, estimulando a associação da fotografia com a arte.
O Fotógrafo do Ano receberá um prêmio de US$ 1 mil. Já os vencedores de cada uma das oito categorias ganham US$ 500.
Além dos prêmios em dinheiro serão distribuídos medalhas e certificados para todos os vencedores. Os ganhadores participam também de exposições internacionais.
Para se inscrever é preciso criar uma conta no site do concurso. Clique aqui para fazer sua inscrição.
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Inspire-se com os vencedores do concurso em 2020
Categoria Retrato
Neil Kramer – “Quarentena no Queens”
O vencedor da categoria Retrato levou ao pé da letra a ideia de unir fotografia e arte. Roteirista de comédia em Los Angeles, ele criou uma série sobre o desafio de viver em um pequeno apartamento com a mãe e a ex-mulher durante o confinamento da Covid.
“Em março de 2020 eu estava morando em Queens, em Nova York, depois de anos trabalhando em roteiros de comédia em Los Angeles, quando meu bairro se tornou o epicentro do surto de coronavírus. Eu me vi preso em um apartamento de 65 m² com um banheiro, junto com minha mãe de 86 anos e Sophia, minha ex-esposa.”
Esta situação era mais bizzara do que qualquer sitcom que já escrevi. Não podiamos sair para comprar comida e eu não podia tomar banho sem minha mãe ou minha ex-mulher me olhando. Tive que encontrar uma nova maneira de expressar minha criatividade e permanecer são.
Um projeto evoluiu, usando escrita, fotografia encenada e autorretrato para documentar o humor e o drama do confinamento da minha família. “Quarentena no Queens” tornou-se um documentário sobre cuidado, amor e responsabilidade.
O projeto continua oito meses depois, enquanto nós três permanecemos no mesmo apartamento em Flushing, NY, e nosso bairro virou uma zona vermelha mais uma vez”.
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Fotógrafo do Ano 2020
O fotógrafo do Ano 2020 foi Ingmar Björn Nolting com a série “Medida e meio – uma viagem pela Alemanha durante a pandemia da Covid-19”. Ele também foi o vencedor da categoria Fotojornalismo.
“Meu trabalho é uma viagem por uma Alemanha quase inteiramente fechada. Minha jornada me levou a percorrer 9 mil km pelo país, onde tirei fotos na linha de frente e nos quintais da crise do coronavírus para criar um documento coerente, abrangente e pessoal da situação.
Meu ensaio fotográfico “Medida e meio” examina o estado da sociedade alemã – uma nação que é frequentemente associada à burocracia, controle e ordem – durante um período excepcional de crise”.
Conheça os vencedores das outras categorias
Categoria Abstrato
Ciaran Macdara McCrickard – “Parques e sem recreação”
“A série “Parques e sem recreação”, que desenvolvi ao longo de quatro meses em regime de confinamento, é um estudo sobre efeitos do lockdown nas áreas recreativas e nos playgrounds de nossos filhos na Inglaterra. Locais de diversão comuns que mudaram visualmente desde a pandemia.”
Parques que teriam sido bem mantidos e limpos pelas autoridades locais de pareciam abandonados, esquecidos. Lugares que antes eram tão cheios de vida e energia ficaram tristes.
“Eu queria capturar a resposta emocional que isso teve em mim e, sem dúvida, em inúmeras famílias que agora tinham que simplesmente passar por seus parques antes amados. Eles estão em uma espécie de limbo que muitos de nós também vivemos.”
Categoria Arquitetura
Gino Ricardo (Holanda) – “Concreto e aço”
“Sou designer e recentemente comecei a fazer fotografia com o nome de Fleeting Pictures. Uma câmera comprada para gravar vídeos nas férias se transformou rapidamente em um hobby diário. Durante pausas para o almoço, percorri cidades onde estive (Londres, Roterdã e Delf) para capturar cenas e edifícios interessantes”.
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Categoria Belas Artes
Jakub Wawezak – “Oásis”
“Um dos motivos que me levaram a criar esta série de fotos foi a reportagem feita em 2010 pela jornalista australiana Jo Chandler. Em seu texto intrigante, ela expressa as emoções vividas ao visitar a estação polar polonesa-soviética na Antártica.
“Fascinado pelo relato e pelo mistério, comecei a criar uma espécie de arquivo com diferentes materiais sobre as expedições polares polonesas dos anos 1958 e 1979. A busca exaustiva por informações, artigos, relatórios e documentação fotográfica me ajudou a averiguar a cronologia de eventos e as razões pelas quais a estação foi abandonada.”
“Uma pequena porção da Terra Branca ganhou uma nova representação técnica na forma de um modelo espacial (diorama), criado com ferramentas digitais e um moleiro controlado por computador. A série intitulada “Oásis” é uma tentativa de externalizar minha imaginação e reflexões referentes a um lugar que nunca visitei”.
Categoria Paisagem
Roksolyana Hilevych – “Pollino: um olhar para o passado”
“Os pinheiros do parque Pollino, na Itália, parecem a quem os olha, agarrados às rochas, expostos aos rigores do inverno, aos ventos e as intempéries que desenham os seus contornos de uma forma única, quase como se fossem braços em movimento apontando para o céu.”
Estar no meio dos pinheiros ou “fósseis vivos” é como um conto de fadas, parece voltar no tempo. Um lugar pouco conhecido e preservado, mas que merece ser visto em todo o mundo: Parque Nacional Pollino, na Itália.
Sou uma fotógrafa de paisagens que vive na Itália. Minha paixão pela fotografia nasceu por volta dos cinco anos por influência do meu pai. Passar a infância nas montanhas dos Cárpatos me ensinou a amar a natureza em todas as suas nuances e também despertou um forte desejo de explorar mais.
Durante muitos anos me dediquei à fotografia de cerimónia e ao retrato, tendo o meu pai (também fotógrafo) como referência. Com o tempo, entretanto, comecei a entender que apenas a fotografia de paisagem poderia me fazer feliz e trazer à tona as emoções mais fortes”.
Categoria Fotografia de rua
Jacek Patora – “O jogo das sombras”
“Esta imagem foi capturada alguns dias após a véspera do Ano Novo de 2019 em Lisboa, Portugal. Sempre quis tirar uma foto dessa famosa ponte coberta de neblina, e aquele dia acabou sendo perfeito.
Eu tirei essa foto e fiquei surpreso com as formas criadas pela luz e sombras, as linhas perfeitas e as silhuetas das pessoas.
Lisboa é famosa pela sua luz incrível, e nevoeiros como este são comuns por lá. Ocorrem quando o ar úmido passa sobre uma superfície fresca do rio Tejo, criando esta visão deslumbrante”.
Categoria Vida Selvagem
Dorota Senechal – “Ursos polares – Wapusk”
“’Wapusk’ significa urso polar na língua Cree (nação nativa da América do Norte). Foi no norte de Manitoba, no inverno, que tive uma experiência única e rara, quando mamãe urso emergia de sua toca pela primeira vez, com seus filhotes.
Esta expedição em condições de frio extremo (-57º. Celsius) foi tão desafiadora para o fotógrafo quanto para o equipamento fotográfico. Mas foi também, ao mesmo tempo, uma das experiências mais emocionantes de toda a minha vida.
Na natureza, e especialmente em lugares árticos e frios, é aqui que gosto de estar e é aqui que posso expressar a minha criatividade.
Cada reportagem começa sempre por uma preparação e estudo cuidadosos das espécies a fotografar, dos seus comportamentos e dos locais a explorar. É quando o sonho começa…”.
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