No mês de março, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência da Organização das Nações Unidas, identificou tendências no mercado de trabalho global, e os dados sobre equidade de gênero assustam.
O progresso no desenvolvimento profissional das mulheres é considerado lento: os números mais recentes apontam que em 2021 elas ocupavam apenas 28,2% das posições de liderança nas empresas.
Nesse ritmo, seriam necessários 140 anos para alcançarmos a paridade de gênero no mercado de trabalho. Imaginem, 140 anos…
Empresas e equidade de gênero
Nós, líderes de grandes companhias, devemos nos comprometer com ações que impulsionem mudanças. É urgente!
A Hydro tem capitaneado uma importante transformação cultural em seu ambiente de trabalho para atingir resultados como o de 2022, ano em que 46% das pessoas contratadas se identificavam com o gênero feminino.
A área de Recrutamento e Seleção está implementando ações para potencializar oportunidades, por meio da nossa estratégia de Diversidade, Inclusão e Pertencimento (DIP), alinhada à política de Direitos Humanos da empresa.
A premissa é promover mudanças que elevem nossa capacidade de atuar de forma criativa e inovadora, a partir das diferenças que nos tornam únicos em nossas maneiras de pensar, enxergar e interagir com o mundo.
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Mais que diversidade, inclusão e pertencimento
Outro ponto importante é que não adianta apenas empregar essas profissionais se elas não se sentirem acolhidas e valorizadas.
É mais do que apenas abrir as portas do mercado de trabalho, mas também construir um ambiente em que elas se sintam respeitadas e percebam que podem fazer a diferença no trabalho e na sociedade.
E precisamos ir além: investir em desenvolvimento profissional para que elas alcancem, na mesma velocidade, posições de liderança hoje majoritariamente ocupadas por homens.
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Acredito que empresas sérias, responsáveis e comprometidas estão trabalhando para empregar mais pessoas que se identificam com o gênero feminino por dois motivos: primeiro, porque um ambiente mais diverso aumenta a criatividade e melhora a produtividade.
E segundo, mas não menos importante, porque precisamos cumprir com a nossa responsabilidade social.
Não estamos falando apenas de empregabilidade, mas de possibilitar a independência financeira das mulheres que, por consequência, permitirá um futuro diferente para seus filhos e filhas, com mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissionais.