Londres – Pelo menos 15 profissionais de imprensa tiveram morte confirmada em Gaza, Israel e no Líbano desde os ataques do Hamas em 7 de outubro, incluindo os que estavam a serviço e outros que foram vítimas de bombardeios em suas casas.
O levantamento foi feito pela organização internacional Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ).
O número de fatalidades é muito superior ao de mortes registradas na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O CPJ contabiliza 17 perdas em 20 meses de guerra, mas nesse número não estão incluídos jornalistas que perderam a vida em situações não relacionadas ao trabalho.
A lista inclui nomes baseados em informações obtidas de fontes do CPJ na região e em reportagens da mídia.
As primeiras mortes foram registradas em Gaza e em Israel, mas na sexta-feira (13) o conflito custou a vida do cinegrafista da agência Reuters Issam Abdallah no vizinho Líbano.
CPJ pede proteção para jornalistas cobrindo guerra
“Milhões de pessoas em todo o mundo contam com repórteres da região para fornecer informações precisas sobre o conflito. Os jornalistas, como todos os civis, devem ser respeitados e protegidos”, disse Sherif Mansour, coordenador do CPJ para o Oriente Médio Oriente e Norte de África.
O Sindicato de Jornalistas Palestinos (PJS, na sigla em inglês) está distribuindo kits de primeiros-socorros para jornalistas que trabalham na Faixa de Gaza.
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) e o PJS publicaram um guia de segurança para jornalistas que cobrem a guerra em Gaza.
O documento explica os tipos de armas e ataques e orienta os profissionais sobre o que fazer se estiverem em uma zona de guerra ou perto de um bombardeio.
Também faz recomendações como a de não usar roupas que possam ser confundidas com trajes de combatentes, e alerta: “nenhuma matéria ou foto vale a sua vida”.
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Veja a lista dos jornalistas mortos em Gaza, Israel e Líbano
Salam Mema – jornalista freelancer, foi chefe do Comitê de Mulheres Jornalistas na Assembleia dos Meios de Comunicação Palestinos. Seu corpo foi recuperado dos escombros três dias depois de sua casa no campo de Jabalia, situado no norte da Faixa de Gaza, ter sido atingida por um ataque aéreo israelense em 10 de outubro, segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos e a agência de notícias oficial da Autoridade Palestina, Wafa .
Husam Mubarak – jornalista da Rádio Al Aqsa, afiliada ao Hamas, foi morto em um ataque aéreo israelense no norte da Faixa de Gaza, de acordo com o Centro Skeyes para Liberdade de Mídia e Cultura e o Sindicato dos Jornalistas Palestinos .
Issam Abdallah – Cinegrafista da agência de notícias Reuters baseado em Beirute, foi morto durante um bombardeio vindo da direção de Israel, perto da fronteira com o Líbano. Abdallah e um grupo de outros jornalistas estavam cobrindo ataques entre as forças israelenses e o grupo militante libanês Hezbollah.
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Ahmed Shehab – jornalista da Rádio Sowt Al-Asra (Rádio Voz dos Prisioneiros), morreu junto com sua esposa e três filhos em um ataque aéreo israelense que atingiu sua casa em Jabalia, segundo o Sindicato de Jornalistas e o site de notícias com sede em Londres The New Arab .
Mohamed Fayez Abu Matar – Fotojornalista freelance, foi vítima de um ataque aéreo israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos e a agência de notícias oficial da Autoridade Palestina, Wafa .
Saeed al-Taweel – Eeditor-chefe do site Al-Khamsa News, foi morto quando aviões de guerra israelenses atacaram uma área que abriga vários meios de comunicação no distrito de Rimal, no oeste de Gaza, visando especificamente o edifício Hiji, de acordo com o jornal britânico The Independent, o canal de notícias em inglês Al Jazeera English, de propriedade do governo do Catar, e a agência de notícias oficial da Autoridade Palestina, Wafa .
Mohammed Sobh – Fotógrafo da Agência de Notícias “Khabar”, também foi morto no ataque aéreo no distrito de Rimal, de acordo com as reportagens.
Hisham Alnwajha – Jornalista da agência de notícias “Khabar”, também foi encontrado morto no mesmo atentado que vitimou Al-Taweel e Sobh.
Assad Shamlakh – Jornalista freelance, morreu junto com nove membros de sua família em um ataque aéreo israelense contra sua casa em Sheikh Ijlin, um bairro no sul da Faixa de Gaza, de acordo com a ONG de pesquisa e defesa com sede em Beirute The Legal Agenda ( LA) e a BBC Árabe .
Shai Regev – Jornalista responsável pela seção de entretenimento do jornal diário de língua hebraica Ma’ariv, perdeu a vida durante um ataque do Hamas a Israel. A confirmação da morte veio depois que ela foi dada como desaparecida por seis dias.
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Ayelet Arnin – Editor de notícias de 22 anos da Israel Broadcasting Corporation, perdeu a vida durante um ataque do Hamas no sul de Israel. Seu assassinato foi relatado aos pais por um amigo, de acordo com o The Times of Israel e o Yahoo .
Yaniv Zohar – Fotógrafo israelense que trabalhava para o jornal diário de língua hebraica Israel Hayom, morreu durante um ataque do Hamas ao Kibutz Nahal Oz, no sul de Israel. Israel Hayom e Israel National News relataram que sua esposa e duas filhas também morreram no ataque. O editor-chefe do Israel Hayom, Omer Lachmanovitch, disse ao CPJ que Yaniv estava trabalhando naquele dia.
Mohammad Al-Salhi – Fotojornalista de uma agência de notícias palestina, foi morto a tiros perto de um campo de refugiados palestinos no centro da Faixa de Gaza, de acordo com a agência de notícias oficial da Autoridade Palestina, Wafa, e o Comitê de Apoio ao Jornalista (JSC), uma organização sem fins lucrativos que promove os direitos dos meios de comunicação social no Oriente Médio.
Mohammad Jarghoun – Jornalista da Smart Media, foi baleado enquanto fazia uma reportagem sobre o conflito numa área a leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, de acordo com o grupo palestino de liberdade de imprensa MADA e o JSC .
Ibrahim Mohammad Lafi – Fotógrafo da Ain Media, foi baleado e morto na passagem de Erez, na Faixa de Gaza, para Israel, de acordo com o MADA.
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